Saiba mais sobre o curso de Engenharia Civil

A carreira

O mercado está superaquecido e em franca expansão, com o crescimento econômico do país. Há carência de mão de obra qualificada, e as oportunidades se multiplicam na construção pesada, como em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na esfera governamental e em empreendimentos imobiliários do setor privado. Os engenheiros civis também podem dar consultoria em projetos diversos. Como a demanda é grande, e há déficit de profissionais capacitados, a remuneração tende a ser boa. Um engenheiro júnior pode ganhar entre R$ 3.600 e R$ 4.200. No IME, um recém-formado ganha cerca de R$ 6 mil como salário inicial.

O curso

A duração média do curso de engenharia é de cinco anos. Os dois primeiros, de ciclo básico, oferecem disciplinas comuns a todas as habilitações, como física experimental, química, cálculo diferencial e integral, álgebra linear, mecânica e computação. A formação básica de um engenheiro é calcada em matemática e física. Nos três anos de Engenharia Civil, estudam-se disciplinas como resistência dos materiais, teoria das estruturas, topografia aplicada, hidráulica, hidrologia e geologia. Dependendo do curso, há ênfase em recursos hídricos, estruturas ou geotecnia. Há estágio obrigatório, com carga de 160 horas, como parte do currículo

Tira-dúvidas

Quais as maiores carências do mercado? (Clebio Bragança, estudante da Estácio de Sá, campus Akxe)

MAJOR MARCELO REIS: Há demanda tanto na área de construção leve quanto na pesada. Em função dos níveis de crescimento do país e da necessidade de investimentos em infraestrutura (estradas, ferrovias, aeroportos, hidrovias, portos, obras para geração, transmissão e distribuição de energia, saneamento), assim como para reduzir o “custo Brasil” e manter o país dentro desses índices de crescimento, há uma grande procura para a área de construção pesada, com demandas para engenheiros geotécnicos; de estruturas; de recursos hídricos, meio ambiente e saneamento; e de transportes. Por outro lado, existe um déficit habitacional, várias linhas de financiamento e alta especulação imobiliária que garantem, no curto prazo, uma demanda para os especialistas em edificações.

Há tendências de necessidades por região? (Marco Pólo Bondim, estudante da Estácio de Sá, campus Akxe)

MAJOR REIS: Tradicionalmente, as maiores carências em profissionais e obras de infraestrutura estão nas regiões Norte e Nordeste. Em função das obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas há, no curto prazo, uma grande demanda no Rio e em outras cidades-sede.

Autor: O Globo