Usiminas está investindo R$ 152 milhões para modernizar a aciaria da usina de Ipatinga (MG). Os recursos fazem parte do total previsto de investimentos para este ano, de R$ 2,8 bilhões, e serão destinados à instalação do desgaseificador a vácuo nº3 (RH-3), que começará a operar no segundo semestre.
O fornecimento dos equipamentos, a montagem e os testes estão sendo realizados por joint venture entre a Usiminas Mecânica e a Nippon Steel Engenharia. Com isso, a produção de aço líquido desgaseificado vai aumentar 80%, para 1,8 milhão de toneladas anuais.
Galvanização
Segundo a siderúrgica, o aço desgaseificado será utilizado na nova linha de galvanização, que entrará em operação no primeiro semestre deste ano, e na linha de aços especiais Sincron, específica para uso em gasodutos, oleodutos e no setor naval e que começa a ser fabricada ainda em 2011.
“A principal característica do processo de desgaseificação é o enobrecimento do produto final. No caso da chapa grossa, aumenta a limpidez do aço, permitindo atender aos requisitos do mercado de prospecção de petróleo na camada pré-sal”, afirma a Usiminas em comunicado. “Em relação ao aço galvanizado, essa tecnologia amplia a estampabilidade e a resistência mecânica.”
Fundo de pensão
A Caixa dos Empregados da Usiminas informou à siderúrgica que contratou o banco de investimentos Credit Suisse para prestação de assessoria financeira. A divulgação aconteceu depois que na semana passada noticias da imprensa revelou que o fundo de pensão da companhia contratou o banco para vender sua participação na empresa. O fundo detém 5% do capital total da empresa e 10,1% do votante.
Segundo a siderúrgica, “a Caixa dos Empregados da Usiminas não é parte de qualquer contrato ou pré-contrato que tenha como objeto a alienação das ações de emissão da Usiminas por ela detida”.
Representantes da Caixa dos Empregados da Usiminas não foram encontrados para comentar o assunto. O Credit Suisse informou por meio de sua assessoria de imprensa que não comenta o assunto. Os principais acionistas da Usiminas, Nippon Steel, Camargo Corrêa e a Votorantim, acertaram um acordo em fevereiro para travar o grupo de controle da siderúrgica até 2031.
Autor: Monitor Mercantil