Estudantes de engenharia sonham em trabalhar no mundo da Fórmula 1

Neste domingo tem o GP Brasil de Fórmula 1. Em Interlagos, os trabalhos já começaram com as empilhadeiras, com os seguranças que estão nos boxes, mas o pessoal que trabalha nas equipes, mesmo, os engenheiros, os mecânicos ainda não chegaram ao autódromo. A expectativa é que o ronco dos motores aconteça à tarde.

E muita gente sonha em ser piloto, mas tem também muita gente que sonha em assumir a responsabilidade de ser um engenheiro de uma grande equipe de Fórmula 1.

É para poucos “Estou trabalhando no resgate com o pessoal e vim visitar”, diz o funcionário em visita aos boxes. Mas sem barulho de motor é meio sem graça. “Eu ia gostar se tivesse um carro ligado, acelerando um pouco, ia ser mais legal”, diz uma fã de corridas.

Chegar perto da Fórmula 1: para os fãs da categoria, é uma oportunidade inesquecível. Imagine dar esta chance para quem pretende, um dia, trabalhar no ramo?

O Bom Dia Brasil levou o Lucas Kira, estudante do 4º anos de Engenharia Mecânica à Interlagos. Na hora em que ele esteve lá, não havia nenhum piloto, mas não fez falta: “Na verdade eu admiro mais o trabalho dos engenheiros em primeiro lugar e depois o dos pilotos”, afirma Lucas.

Para ele, o mais importante é quem mete a mão na graxa. “Você vê o pessoal montando todos os carros, os carros desmontados, tirados da caixa agora, é muito legal”, se diverte o estudante de engenharia : “Valeu a pena”.

Lucas quer fazer carreira na Fórmula 1. Como? “Seguir mais ou menos os passos de um piloto, só que na Engenharia. Participar da Fórmula 3, GP2, até chegar na Fórmula 1”, explica.

Ricardo Penteado se formou em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina e botou o pé no mundo. “Dei muita sorte de encontrar a pessoa certa, na hora certa, e insistir e trabalhar. Acabou que, no final do 2001, eu consegui uma vaga na Renault Fórmula 1, na França, para trabalhar como engenheiro de testes no banco. Em 2007 eu comecei a trabalhar na pista fazendo todas as corridas”, conta o engenheiro da Renault.

Só existem dois brasileiros neste posto na Fórmula 1. O salário começa em R$7 mil e, em alguns casos, pode chegar à R$ 2 milhões de reais.

Para os interessados, algumas dicas: “Falar várias línguas é interessante. Fazer um curso que possa especializar na àrea automobilística, como um curso de aerodinâmica de carros, mas, o mais importante é correr atrás e ser bom no que faz”, aconselha o engenheiro Ricardo Penteado.

A programação para esta quinta-feira, para o GP Brasil que acontece no domingo é a inspeção de pista pela FIA, também a inspeção dos carros (pesagens, detalhes do regulamento de aerodinâmica), ronco de motores ainda dentro dos boxes. Pista mesmo só nesta sexta-feira (5), treino livre a partir de 10h.