A Escola Politécnica da UFRJ (Poli/UFRJ) vai oferecer, a partir do ano que vem, uma nova modalidade de intercâmbio acadêmico: os alunos poderão trabalhar em laboratórios de pesquisa ou indústrias fora do Brasil, e as horas contarão como estágio obrigatório.
Atualmente, cerca de 20% dos estudantes da Poli/UFRJ já passaram pelo menos seis meses no exterior. Para o diretor da escola, Ericksson Almendra, mais importante do que ganhar fluência na língua, a experiência em outros países faz com que os jovens voltem com a cabeça mais aberta.
– Muita gente pensa em intercâmbio para aprender outro idioma, mas vai muito além disso. A maneira das pessoas pensar, o próprio ensino, tudo é diferente. O estudante volta mais aberto – explica o professor.
Estudantes voltam diferentes da experiência no exterior
O estudante brasileiro Bruno Rosa está experimentando essa sensação ao fazer o caminho inverso: saiu dos EUA, onde cursa Economia na Rice University, em Houston, no Texas, e voltou ao Brasil para fazer o último semestre da faculdade no Ibmec, em São Paulo. Para ele, mais do que a formação, a vivência foi uma das melhores partes:
– O curso lá é ótimo, mas tudo é muito diferente daqui porque lá se mora na universidade. Então, você vive para o estudo, a vida gira em torno disso. A experiência cultural foi muito marcante, eu faria tudo de novo – conta.
Carolina de Carvalho também descreve a convivência com pessoas diferentes como uma de suas principais motivações para estudar fora. Depois de passar seis meses na Nova Zelândia no ensino médio, ela agora faz International Business na Universidade da Carolina do Sul.
– Os americanos do sul são muito receptivos, me ajudam bastante. Além disso, eu tenho que me virar sozinha, lavar roupa, arrumar a casa, o que é muito bom, porque exige que eu me organize.
Autor: O Globo