Cientistas usam engenharia para criar organismos sintéticos

Imagine que você está fazendo a mala para uma missão em Marte ou na Lua. Os itens indispensáveis para uma jornada como essa deveriam ser comida ou combustível, certo? Errado. Com as novas pesquisas da NASA, o ideal mesmo é levar organismos sintéticos.

Alguns cientistas tem pesquisado maneiras de usar a engenharia para criar organismos sintéticos. Estes seria feitos com recursos disponíveis no sistema solar e poderiam desenvolver itens essenciais para que os astronautas sobrevivessem no espaço sem grandes problemas. Os organismos poderiam se transformar em comida e até combustível.

O pesquisador da NASA John Cumbers acredita no estabelecimento dos humanos no espaço e por isso segue confiante na busca pelos sintéticos. “Eu acho que temos duas escolhas: nós podemos ir para o espaço e viver em pequenas cabines ou podemos ir para o espaço e recriar algumas das belezas que temos aqui na Terra”, diz.

Cumber garante que não está querendo reestruturar o espaço como uma cópia da Terra, mas acredita que usando estes organismos pode-se planejar uma vida mais fácil em um ambiente extraterreste.

No entanto, alguns cientistas acreditam que existem problemas em criar vidas artificiais. Mesmo com um planejamento cuidadoso, este conceito pode trazer riscos e a criação poderia se tornar uma espécie invasora, com consequências desastrosas para os humanos.

Para criar um organismo que será usado em outro planeta, cientistas querem misturar as qualidades de diversas espécies. A ideia é usar genes que irão se adaptar bem em todas as atmosferas: com alto grau de radiação solar ou muito frio.

Porém, o grande objetivo ainda é criar versões sintéticas de suplementos alimentares, feito de algas e cianobactéria. A chamada Spitulina tem proteína e aminoácidos suficientes para que um ser humano sobreviva sem nenhum problema no espaço.

Segundo Cumber, os pesquisadores já tiveram sucesso em algumas tentativas, ou seja, o organismo sintético podem estar cada vez mais próximos de se tornar realidade.

Autor: Olhar Digital