É hora de os engenheiros de Pernambuco se apresentarem

A assinatura do contrato para elaboração do projeto básico do Sistema Adutor do Agreste, na tarde de ontem, fortaleceu o surgimento de um novo polo em Pernambuco, o de engenharia consultiva.
João Bosco disse que contrato é maior em engenharia consultiva. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A Press
Orçada em R$ 14 milhões, a contratação empregará 27 engenheiros para planejar uma obra que irá gerar outras 2 mil ocupações. O contrato prevê o prazo de 18 meses para a conclusão do projeto e, assim como os serviços, será executado em três lotes. A Adutora do Agreste levará água para 70 municípios da região, beneficiando cerca de 2 milhões de pessoas. A implantação da rede, segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), está garantida pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2) em um investimento de R$ 1,6 bilhão

O presidente da Compesa, João Bosco de Almeida, destacou que esse contrato é o maior em engenharia consultiva já assinado em Pernambuco. “O contrato leva o estado a outro patamar. O mercado cresceu muito e já temos R$ 43 milhões assegurados para outros projetos. É a hora dos engenheiros se apresentarem”, afirmou, durante a apresentação do projeto, realizada para os integrantes do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva – Regional Pernambuco (Sinaenco). Segundo o presidente, o contrato será executado pelo consórcio entre duas empresas pernambucanas e uma paulista em um sinal do interesse de outros estados pelo potencial do setor.

Entre 2003 e 2006, de acordo com João Bosco, a Compesa contratou R$ 1 milhão, valor distribuído em 20 pequenos contratos. Entre 2007 e 2010, os investimentos subiram para R$ 19 milhões em 63 contratos. “A média saiu de R$ 50 mil para R$ 300 mil. São contratos grandes, que podem fazer do estado um novo polo em engenharia consultiva”, destacou. A adutora irá abastecer a região com água trazida pelo Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco em uma manobra que exigirá a instalação de 1.100 quilômetros de tubulações. A estimativa é que a obra toda seja concluída em quatro anos com o diferencial de atender a população por lotes. A partir de 2011, cidades como Caruaru e Pesqueira, no Agreste, serão beneficiadas com o projeto que deverá manter o abastecimento regular por até 30 anos.

Autor: Diário de Pernambuco