Energia solar no mundo
As usinas solares fotovoltaicas no mundo todo atingiram um recorde de 6,43 gigawatt (GW) em 2009, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório Solarbuzz 2010, uma pesquisa de mercado internacional sobre a energia solar.
A indústria fotovoltaica gerou US$ 38 bilhões em receitas globais em 2009 e levantou mais de US $ 13,5 bilhões em aportes de capital, por investimento ou por empréstimos, um aumento de 8% sobre o ano anterior.
Energia solar por país
Segundo o relatório, os países europeus contam com 4,75 GW de capacidade instalada de geração elétrica fotovoltaica, ou 74% da produção mundial em 2009.
Os três principais países produtores da Europa são: Alemanha, Itália e República Checa, que em conjunto contam com 4,07 GW. Todos os três países apresentaram crescimento na demanda por energia solar, com a Itália tornando-se o segundo maior mercado do mundo.
Por outro lado, a demanda por energia solar na Espanha caiu para apenas 4% do seu nível no ano anterior. O terceiro maior mercado no mundo é representado pelos Estados Unidos, que cresceram 36%, atingindo 485 MW.
Logo atrás está o renascente Japão, que ficou em quarto lugar depois de crescer nada menos do que 109% em relação ao ano anterior.
Produção mundial de células solares
A produção mundial de células solares atingiu um valor consolidado de 9,34 GW em 2009, acima dos 6,85 GW no ano anterior, com as células de película fina representando 18% desse total.
A produção da China e de Taiwan continuou a crescer em participação e agora representa 49% da produção global de células solares.
As importações líquidas de células solares foram responsáveis pelo suprimento de 74% do total da demanda da Europa.
Os sete principais fabricantes de células fotovoltaicas de silício policristalino tinham uma capacidade instalada de 114.500 toneladas/ano em 2009, 92% a mais do que em 2008.
Já os oito maiores fabricantes de wafers (pastilhas de silício) representaram 32,9% da capacidade de global de produção desse material em 2009.
A produção de células solares acima da demanda do mercado causou uma queda de 38% no preço médio ponderado dos módulos de silício cristalino em 2009 em relação ao nível do ano anterior. Esta redução nos preços do silício cristalino também teve o efeito de minar as vantagens de preço das emergentes células de película fina.
Futuro da energia solar
Olhando para o futuro, o relatório prevê que o setor voltará a crescer em 2010, uma situação que deverá se manter ao longo dos próximos cinco anos.
Mesmo no cenário de crescimento mais lento, estima-se que o mercado global terá 2,5 vezes o seu tamanho atual em 2014. Usando a previsão de crescimento mais otimista, o faturamento anual da indústria se aproximará de US$ 100 bilhões até 2014.
“O desempenho da indústria em 2009 foi notável no sentido de que conseguiu mais do que substituir integralmente a lacuna dos 2,3 GW na demanda causada pela mudança na política da Espanha,” comentou Craig Stevens, presidente da Solarbuzz.
“Olhando para frente, a indústria verá um retorno ao crescimento rápido, mas em um ambiente de baixa margem de lucratividade. Nossa análise demonstra que uma ampla gama de mercados emergentes vão ajudar a compensar a desaceleração na demanda alemã no segundo semestre de 2010,” diz o analista.
Autor: Inovação Tecnológica