Programa educativo simula direção com álcool, sono, trepidação e poças

Dirigir com sono, em locais com poças d'água ou trepidação são situações que dificilmente o motorista passa na autoescola. Para colocar os aspirantes ao volante em contato com a realidade, uma empresa, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), criou um simulador de direção defensiva. O jogo foi lançado nesta quarta-feira (24), numa feira tecnológica que acontece no Museu de Arte Moderna, (MAM), no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio.

“Com ele o motorista pode simular situações pelas quais não passaria em uma autoescola”, explica Cristina Araújo, diretora da empresa TIT. “Podemos simular situações de aquaplanagem, trepidação, sono e até alcoolismo. Na terceira fase temos regras da Lei Seca”, completa ela, que pretende vender a ideia para o Detran e secretarias de educação.

Ao todo, são 200 projetos em exposição. Eles foram desenvolvidos por pequenas e médias empresas com apoio de universidades do Rio. O evento comemora os 30 anos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa (Faperj).

Um avião não tripulado é outro projeto que pode ser usado a favor da sociedade. O equipamento possui duas câmeras que transmitem as imagens em tempo real. “Esta máquina tem o custo de R$ 100 mil. Se formos adquirir em Israel, por exemplo, pode sair por R$ 120 milhões”, explica o capitão Jacy Montenegro, professor do IME e gerente do projeto.

Avião para monitorar favelas

Segundo ele, o avião pode ser usado para monitorar favelas, realizar buscas e salvamentos e evitar catástrofes da natureza, ao avisar sobre possíveis deslizamentos de terra.

Catadores familiares

Entre as novidades, algumas têm uma preocupação ecológica. Uma máquina desenvolvida para purificar óleo de cozinha já foi adquirida por uma pequena empresa de Valença, no Sul do estado. O equipamento permite que o óleo, depois de retiradas as impurezas, seja revendido por um preço maior a fabricantes de sabão, tinta, massa de vidro e até à própria Petrobrás.

“Usamos o dinheiro arrecadado com a venda do óleo para financiar o projeto social que realizamos com crianças carentes e familiares de dependentes de drogas”, comentou o representante da instituição Lar Meimei, Rogério Forte. “Antes de adquirir a máquina, com a ajuda da Faperj, vendíamos o litro de óleo por R$ 0,35. Agora vendemos pelo dobro”, entrega 

O aluguel do equipamento, no valor de R$ 6,5 mil será dividido em 18 meses, tempo que dura o projeto. “Depois deste período, a instituição pode adquirir a máquina por 20% do valor dela”, explicou o diretor presidente da Faperj, Ruy Garcia Marquês.

Serviço

A feira acontece nesta quarta (24) e quinta-feira (25), no Museu de Arte Moderna, que fica na Avenida Infante D. Henrique, 85, Parque do Flamengo, Zona Sul do Rio. A entrada é gratuita. Mais informações: 2333-0390.

Os interessados em inscrever novos projetos ainda têm tempo. As inscrições podem ser feitas através do site www.faperj.br.

Autor: G1