Começou nesta segunda no Rio de Janeiro o Fórum Urbano Mundial 5, o maior evento de urbanismo do planeta. O Sinaenco (Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia) e o Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) levarão ao Fórum a discussão em torno dos desafios do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, em painel que acontece nesta terça-feira (23/03), a partir das 12h, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.
A realização da Copa no Brasil, em doze cidades, implicará a geração de mais de três milhões de postos de trabalho para a execução de obras de construção ou reforma de estádios, melhoria da mobilidade urbana e regional e outras de infraestrutura. “As obras terão prazos finais inadiáveis, pois não se pode mudar o período da realização da Copa ou das Olimpíadas. Com isso haverá uma grande demanda de mão-de-obra, que pode não encontrar outras oportunidades de continuidade de ocupação” diz João Alberto Viol, presidente do Sinaenco.
O tema central do Fórum Urbano Mundial 5 é “O Direito à Vida: Unindo o Urbano Dividido”. De acordo com o presidente do Sinaenco, a quantidade de obras previstas gerará, durante a sua execução, um grande volume de postos de trabalho. “Caso não haja um planejamento eficaz, é grande o risco de favelização, devido a não absorção deste contingente de trabalhadores específico pós-Copa. Esse processo poderá ter grandes efeitos na partição ou unificação das cidades” destaca Viol.
Dentre os temas, estarão na pauta do painel os principais déficits urbanos: habitat (saneamento e moradia), mobilidade, segurança e emprego. Participam do debate, além do presidente do Sinaenco, o arquiteto e urbanista José Roberto Geraldine Júnior, vice-presidente do Confea; o engenheiro Agostinho Guerreiro, presidente do Crea RJ; o arquiteto Sérgio Ferraz Magalhães, presidente do IAB RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil departamento Rio de Janeiro); e o vice-presidente do Sinaenco RJ, arquiteto Demetre Anastassakis.
Abrangência – O último Fórum Urbano Mundial, realizado em 2006, em Vancouver, Canadá, teve a participação de mais de 10 mil pessoas, entre governantes de 160 países, parlamentares, autoridades locais, representantes da sociedade civil e do setor privado, acadêmicos e profissionais da área, organizados em seminários, oficinas e painéis de debates. Países como Angola, Argentina, China, México, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha participaram do evento.
Local do evento – Os armazéns da Zona Portuária foram revitalizados para receber o Fórum. As obras integram o projeto de revitalização da área portuária do Rio de Janeiro, projeto realizado em parceria pelo governo Federal, Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e Governo do Estado do Rio.
Autor: Assessoria de imprensa