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As fortes chuvas que atingiram o ABC no início deste ano vão prorrogar o cronograma do rodoanel. A avaliação é do deputado estadual Orlando Morando (PSDB). Na constatação do parlamentar – que periodicamente realiza a vistoria aérea para acompanhar o andamento dos trabalhos – a obra não será entregue no próximo dia 27 de março, como prevê o plano de execução.

“Vamos ter que protelar um pouquinho esta data”, disse. “A maior obra viária da América Latina é invejável para o restante do país. A obra do governador José Serra será entregue com começo e fim. Infelizmente, nós tivemos um período de chuvas fora das condições meteorológicas previstas – 45 dias de chuvas ininterruptas. Mesmo assim a equipe tem tocado a obra com uma velocidade ao nível de segurança que a rodovia merece”, argumentou.

Orlando calcula que o período de mais 50 ou 60 dias, contados a partir desta sexta, seja o suficiente para a liberação do trecho sul. “Sou muito otimista em relação à obra porque ela vai mudar a característica da região metropolitana. Você vai pegar um trecho que sai da Régis Bittencourt, levando em conta que ele vai ligar no futuro – com o prolongamento da Jacu Pêssego – ao meio da Zona Leste. Vai se criar um mecanismo de mobilidade urbana maravilhoso. Além disso, vamos tirar todo fluxo pesado das nossas marginais ligando cinco rodovias (Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Régis, Imigrantes e Anchieta chegando até a papa João XXIII em Mauá) ao ABC”, ressaltou, destacando que, mesmo com a prorrogação do prazo, a obra não perderá sua característica relevante à região.

Orlando Morando afirmou ainda que a entrega da via ocorrerá primeiro no trecho entre a Régis Bittencourt e a Anchieta (cerca de 52Km). A parte correspondente a Mauá – cerca de 9 km – foi uma das mais prejudicadas pelas chuvas e, por isso, deverá ser entregue depois.

A vista aérea do traçado impressiona tanto pela beleza quanto pela grandiosidade da iniciativa. Um terço dos 61 quilômetros é formado por paisagem digna de molduras de “obras de arte”, pontes e viadutos. A maior delas está sobre a represa Billings, um dos principais mananciais para abastecimento de água da cidade de São Paulo. A ponte que cortará a represa tem mais de 1,7 quilômetro de extensão e é o projeto mais caro do Rodoanel. A obra obteve investimento de quase R$ 5 bilhões, sendo 2 / 3 provenientes do governo do Estado e o restante da União.

Autor: Repórter Diário