A retomada de crescimento do País e a realização de grandes eventos no Brasil devem trazer muitas oportunidades para os bons profissionais, em todos os setores, principalmente para os engenheiros
Este será um ano cheio de boas oportunidades. Essa é a aposta da maioria dos analistas econômicos e a esperança de todos os brasileiros
O País vive um momento especial. Em comparação a outras economias, passamos sem grandes traumas pela crise mundial. Analistas internacionais recomendam investir aqui, empresários de diferentes setores e regiões do mundo afirmam que o Brasil é um dos lugares mais promissores para os negócios, pela primeira vez sediaremos os maiores eventos esportivos – a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. Tudo inspira confiança e nos motiva a trabalhar com mais afinco e profissionalização.
Endossando o discurso dos otimistas, alguns setores também têm divulgado boas perspectivas para seus respectivos segmentos. A indústria de eletroeletrônicos projeta crescer 40% em 2010; o setor da construção civil, por sua vez, deve registrar uma expansão de 8,8%. No geral, o governo projeta um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5%. Economia aquecida, crescimento em retomada, maior consumo, mais empregos e novas oportunidades para empresários e profissionais de todos os segmentos.
Como alguém que acompanha de perto os movimentos e perspectivas para o setor de Engenharia, avalio que há muito que ser feito. A imprensa tem divulgado, com razão, que falta mão de obra especializada em muitas áreas, entre elas a Engenharia. Com um cenário tão otimista, essa carência deverá ser ainda mais percebida. O Brasil é um dos países que formam poucos engenheiros por ano. Com uma população de 180 milhões de habitantes, formamos anualmente cerca de 35.000 engenheiros nas diversas especialidades. Em 2007, a Coréia, com um terço de nossa população, formou 80 mil profissionais de Engenharia, a China formou cerca de 400 mil, a Índia 300 mil e a Rússia cerca de 150 mil. Isto para comparar com os países integrantes do grupo de países chamado BRIC com os quais mantemos parcerias e com os quais concorremos.
Hoje as aplicações e atividades da Engenharia são muito amplas. Há cerca de 250 diferentes denominações de cursos de Engenharia reconhecidas pelo Ministério da Educação, e o governo estuda a proposta de reduzir esse número, focando as áreas mais pertinentes às necessidades e de maior abrangência, deixando espaço para que os cursos de especialização cubram as especificidades. O País precisa de bons profissionais em todas as áreas.
Pessoas bem formadas, que invistam na sua própria formação e busquem especializar-se em diferentes temas.
A Mauá, como uma instituição reconhecidamente focada e de excelência na área de Engenharia, tem-se empenhado na busca pelos melhores docentes e na oferta de cursos afinados com a demanda mercadológica e de conteúdo realmente relevante. Nossos formandos têm uma das maiores taxas de empregabilidade do País.
É urgente, para a manutenção dos compromissos internacionais que firmamos e para atingirmos as taxas de crescimento que desejamos para nosso País, que a sociedade se conscientize da importância da Engenharia.
Professor Dr. Otávio de Mattos Silvares, Reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia