Máquina do Big Bang estava desativada desde dezembro.
Cientistas querem saber mais sobre origem do universo
Após uma curta pausa, os feixes de partículas voltaram a circular na “máquina do Big Bang” que existe sob a fronteira França-Suíça e devem alcançar sua velocidade máxima dentro de duas a quatro semanas, disse uma porta-voz da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern) nesta segunda-feira (1º).
“Tivemos uma parada técnica no Natal e isso acabou. Os feixes estão circulando novamente”, afirmou Barbara Warmbein à Reuters.
As colisões com a máxima energia possível, imitando as condições no momento seguinte à criação do universo, 13,7 bilhões de anos atrás, devem ocorrer quando o chamado colisor de hádrons alcançar sua velocidade máxima.
Cientistas de todo o mundo vão vasculhar os resultados em busca da elusiva partícula chamada bóson de Higgs, cuja existência foi prevista há três décadas pelo cientista escocês Peter Higgs para explicar como a matéria se juntou e formou o universo.
“O plano é funcionar com essas energias por 18 a 24 meses, para dar aos experimentadores os dados que eles precisam para trabalhar”, disse Warmbein.
O Grande Colisor de Hádrons é a maior máquina já construída. Ele chegou a despertar temores infundados de que poderia criar buracos negros capazes de destruir a humanidade, e foi citado também no best-seller “Anjos e Demônios”, de Dan Brown.
O aparelho foi ativado pela primeira vez em setembro de 2008, mas parou dez dias depois por causa do superaquecimeento no túnel circular de 27 quilômetros. O projeto atrai milhares de físicos do mundo todo e custa cerca de 10 bilhões de dólares.
Autor: G1