Os resíduos gerados por produtos eletrônicos descartados crescerão de forma dramática nos países em desenvolvimento, nos 10 próximos anos, e na Índia eles devem disparar até 2020 em 500%, na comparação com 2007, afirma um estudo da ONU divulgado nesta segunda-feira (22).
O lixo eletrônico, termo que abarca resíduos relacionados a celulares, impressoras, televisores, refrigeradores e outros aparelhos, cresce em mais de 40 milhões de toneladas anuais, mundialmente. Toxinas são emitidas quando ele é queimado de forma indevida por sucateiros em busca de componentes valiosos, tais como cobre e ouro.
Um relatório divulgado em Bali pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep), prevê que até 2020 o lixo eletrônico de computadores crescerá em 400% ante o nível de 2007, na China e África do Sul.
“O relatório torna ainda mais urgente o estabelecimento de processos ambiciosos, formais e regulamentados para recolher e gerir lixo eletrônico, com o estabelecimento de grandes e eficientes instalações na China”, disse Achim Steiner, o diretor executivo do Unep.
“A China não é a única a enfrentar um sério desafio. Índia, Brasil, México e outros também poderão enfrentar crescentes danos ambientais e problemas de saúde caso a reciclagem do lixo eletrônico seja deixada aos cuidados aleatórios do setor informal”, afirmou ele no relatório.
O estudo, conduzido em parceria com o Empa, da Suíça; com o Umicore, um grupo de materiais especializados; e com a Universidade das Nações Unidas estipula que os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de lixo eletrônico, gerando cerca de 3 milhões de toneladas a cada ano.
A China ocupa um segundo posto bem próximo, com 2,3 milhões de toneladas anuais, e também serve como repositório para o envio de boa parte do lixo eletrônico gerado em outras nações do terceiro mundo, segundo o Empa.
O Empa é o instituto de pesquisa de ciência dos materiais e tecnologia, no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça.
Autor: G1