Entidade de Engenheiros alerta para a falta de mão-de-obra qualificada

Para quem tem facilidade em ciências exatas e gosta de estudar, a carreira de engenharia está em alta. O novo cenário de desenvolvimento e crescimento do país demanda cada vez mais de mão de obra especializada. Mas é preciso que haja interessados.

Não é de hoje que entidades do setor alertam para a escassez de engenheiros no mercado de trabalho. Agora, com o promissor aumento na faixa de investimentos no país, é nítida a necessidade de profissionais especializados. Os projetos das Olimpíadas de 2016, a exploração do petróleo da camada do pré-sal e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são indicativos de oportunidades na área.

Cada vez mais preocupada com a escassez de engenheiros no mercado, a FNE produziu um vídeo destinado aos estudantes de 2° grau, que elucida a profissão de engenharia. A idéia é estimular os estudantes a optarem pelo curso, que tem um leque enorme de opções e especializações. “Precisamos fazer com que os jovens enxerguem a engenharia como a profissão do momento e do futuro. O desenvolvimento contínuo do país tem que servir de estímulo para o ingresso na carreira de engenharia”, destaca Murilo Pinheiro, presidente da FNE.

Alunos que gostam de entender o funcionamento das coisas e têm afinidade em física, matemática e química já possuem um bom perfil para o ofício. Mas só isso não basta. Além de formação básica forte e habilidade numérica, é necessário interesse em pesquisa, muita concentração e criatividade para se destacar na profissão.

A engenharia se divide em cinco grandes áreas. A Engenharia Civil projeta e gerencia obras e também se preocupa com a questão ambiental. A Engenharia Elétrica tem foco em telecomunicações, computação, circuito elétrico e fontes alternativas de energia. Já os interessados por recursos naturais, como a exploração de petróleo, devem procurar a Engenharia Química. A Engenharia Mecânica aborda a mecatrônica, a construção de robôs, o desenvolvimento tecnológico e a indústria naval. Ainda existe oportunidade para os que preferem a Engenharia Agrônomica, que é a que cuida de todas as etapas de produção do alimento.

Segundo Pinheiro, de outro lado, é importante ressaltar que a falta de profissionais não depende apenas da quantidade de estudantes interessados, mas também das vagas nas Universidades, que ainda são poucas. “Não há como estimularmos a demanda, se não tivermos como atender”, diz . O Ministério da Educação pretende aumentar em 50% o número de vagas, nos próximos seis anos. De acordo com dados do Ministério, Murilo ressalta que entre os 140 mil alunos que entram para a faculdade de engenharia, apenas 40 mil se formam anualmente. “Precisamos dobrar esse número para acompanhar o desenvolvimento iminente do país”, enfatiza.

Autor: Assessoria de imprensa