Desde o lançamento do Manifesto Cresce Brasil, em 2006, a Federação Nacional do Engenheiros (FNE) vem alertando as autoridades brasileiras acerca da necessidade de aumentar a quantidade de profissionais de Engenharia no mercado. Agora, com o promissor aumento na faixa de investimentos no país, o cenário é ainda mais preocupante.
Os projetos das Olimpíadas de 2016, a exploração do petróleo da camada do pré-sal e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são indicativos de que o desenvolvimento nacional pode sofrer um apagão, por conta da falta de mão-de-obra especializada. Faltam interessados e vagas nas Universidades.
Preocupada, a FNE lança um vídeo, que será veiculado no ano que vem, destinado aos estudantes de 2° grau, que elucida a profissão de engenharia. A ideia é estimular os estudantes a optarem pelo curso, que tem um leque enorme de opções e especializações. “Precisamos fazer com que os jovens enxerguem a engenharia como a profissão do momento e do futuro.
O desenvolvimento contínuo do país tem que servir de estímulo para o ingresso na carreira de engenharia”, destaca Murilo Pinheiro, presidente da FNE. “Infelizmente, no Brasil, no ensino médio a educação é voltada para as ciências humanas, por isso é maior o número de estudantes que buscam o curso de Direito, por exemplo”, acrescenta.
Alunos que gostam de entender o funcionamento das coisas e têm afinidade em física, matemática e química já possuem um bom perfil para o ofício. Mas só isso não basta. Além de formação básica forte e habilidade numérica, é necessário interesse em pesquisa, muita concentração e criatividade para se destacar na profissão. A engenharia se divide em cinco grandes áreas.
A Engenharia Civil projeta e gerencia obras e também se preocupa com a questão ambiental. A Engenharia Elétrica tem foco em telecomunicações, computação, circuito elétrico e fontes alternativas de energia. Já os interessados por recursos naturais, como a exploração de petróleo, devem procurar a Engenharia Química. A Engenharia Mecânica aborda a mecatrônica, a construção de robôs, o desenvolvimento tecnológico e a indústria naval. Ainda existe oportunidade para os que preferem a Engenharia Agronômica, que é a que cuida de todas as etapas de produção do alimento.
Segundo Pinheiro, de outro lado, é importante ressaltar que a falta de profissionais não depende apenas da quantidade de estudantes interessados, mas também das vagas oferecidas nas Universidades, que ainda são poucas. “Não há como estimularmos a demanda, se não tivermos como atender”, diz . O Ministério da Educação pretende aumentar em 50% o número de vagas, nos próximos seis anos
Autor: Administradores.com.br