Noventa e um aviões radiocontrolados, projetados e construídos por universitários do Brasil, México, Venezuela e Índia, chegam neste dia 22 de outubro, quinta-feira, a São José dos Campos, SP, para a XI Competição SAE BRASIL AeroDesign, a realizar-se até domingo, dia 25, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), nova denominação do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA). A competição é referência até no Exterior por contribuir para o aumento do conhecimento e o interesse pela aeronáutica entre os universitários de Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas.
Na competição, organizada pela Seção Regional São José dos Campos da SAE BRASIL, 91 equipes (77 inscritas ano passado) irão submeter suas aeronaves desenvolvidas em 61 instituições de ensino, localizadas desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul, a provas baseadas em desafios reais da indústria aeronáutica.
No dia 22, quinta-feira, os estudantes farão apresentações dos projetos a bancas examinadoras. De sexta (23) a domingo (25) os aviões alçam vôo, a partir das 7h, na Pista do Aeroporto do DCTA. Serão três dias de só de decolagens e aterrissagens, com mistura de sotaques, culturas e troca de informações sobre a área.
Classe Micro – sete são aviões da Classe Micro, a grande novidade da competição. Na categoria, os projetos têm motor elétrico e dimensões reduzidas: pesam cerca de 500 gramas e são transportados dentro de uma caixa de até 0,125m³, o que equivale a 50x50x50 cm. Uma das equipes da nova categoria é a Fênix, do Instituto Politécnico Nacional, do México, país que será representado por quatro projetos. Da Venezuela, inscreveram-se sete equipes e da Índia, participante pela primeira vez, uma equipe.
Amazonas – 78 equipes são de projetos da Classe Regular. Uma delas é a equipe Amazon Force, da Universidade Paulista (Unip), de Manaus (AM), a única representante do Norte do Brasil na competição. Estreante em 2007, quando ficou em 20º lugar entre 63 inscritas, a equipe de oito integrantes desenvolveu um monoplano, que pesa 3,5 kg, tem capacidade para transportar 12 kg de carga e atingir velocidade de 14 m/s. Determinada, a equipe driblou a falta de recursos (precisava de R$ 22 mil) para representar o estado. “A competição é muito importante para o intercâmbio de informações”, afirma Fabio Binatti, capitão da equipe.
Do Brasil, as equipes representam 16 estados mais o Distrito Federal. São Paulo conta com 34 equipes, Rio Grande do Sul, com oito e Minas Gerais 6. Santa Catarina e o Rio de Janeiro têm cinco equipes cada, enquanto o Rio Grande do Norte e Paraná têm três equipes cada. O Maranhão possui duas equipes. Já a Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e o estreante Mato Grosso têm uma equipe cada. Brasília conta com quatro equipes inscritas na competição,
Para participar da SAE BRASIL AeroDesign 2009 as equipes, compostas por estudantes de graduação e pós-graduação (stricto sensu), são desafiadas a projetar e construir aviões radiocontrolados em qualquer categoria, e depois submeterem seus projetos a avaliações quanto à concepção e desempenho, feitas por engenheiros da indústria aeronáutica. As avaliações e a classificação das equipes são realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Vôo, conforme o regulamento disponível no site da SAE BRASIL – www.saebrasil.org.br.
Regulamento – Os aviões da competição são classificados em Classe Aberta, Classe Regular e Classe Micro. Na primeira, não existem restrições geométricas às aeronaves ou ao número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores esteja entre 15,08 cc (ou 0,91 in3) e 19,9 cc (1,22in3). Esta categoria inclui pós-graduandos e restringe distância máxima de decolagem: 61m. Já na Classe Regular, os aviões são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61 in3). O regulamento impõe restrições geométricas que delimitam as dimensões máximas das aeronaves, que devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada, de 30,5m ou 61m conforme estratégia da equipe. A Classe Micro não impõe restrições geométricas aos projetos nem ao número de motores, porém a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,125m³. Nesta classe, as aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 30,5m.
Besaliel Botelho, presidente da SAE BRASIL, ressalta que a Competição SAE BRASIL AeroDesign coloca os estudantes de engenharia em contato com o exercício real da profissão. “A competição põe à prova as habilidades do futuro engenheiro, ao promover situações vivenciadas pelos profissionais que já atuam na área”, afirma. Botelho acrescenta que a competição é uma oportunidade para o estudante desenvolver a comunicação interpessoal. “Ter habilidade na comunicação é extremamente importante para o desenvolvimento da engenharia e este quesito entra nas avaliações da competição”, afirma Botelho.
Treze empresas e instituições apostam no sucesso da competição: EADS, Embraer, Dassault Aviation, GE, Honeywell, Rolls-Royce, SAP, SSAB, CEF, Rockwell Collins, Infraero, Zodiac e Parker Aerospace.
Ao final da competição, as duas equipes da Classe Regular e a primeira da Classe Aberta e da Classe Micro que obtiverem a melhor pontuação ganharão o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2010, nos Estados Unidos, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações, incluindo quatro primeiros lugares, na Classe Regular e Classe Aberta. A East Competition é realizada pela SAE International, instituição que deu origem a SAE BRASIL e da qual esta é afiliada.
XI Competição SAE BRASIL AeroDesign
22 a 25 de outubro – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)- São José dos Campos/SP
Total de equipes inscritas: 91 equipes (77 em 2008)
№ estrangeiras: 12 equipes (7 Venezuela, 4 México e 1 da Índia)
№ de equipes brasileiras: 79 (de 16 estados + DF)
№ de instituições de ensino representadas: 61
№ médio de estudantes inscritos: 1,1 mil
№ projetos Classe Micro: 7
№ projetos Classe Regular: 78
№ projetos Classe Aberta: 6
Região Sul
Paraná – (3 equipes / 2 instituições)
UFP – Universidade Federal do Paraná – equipes Fênix e X-Goose.
UTFP – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – equipe Anhanguera.
Rio Grande do Sul – (8 equipes / 8 instituições)
Fahor – Faculdade Horizontina – equipe Águia Fahor.
UCS – Universidade de Caxias do Sul – equipe Olhos No Mundo.
UFRG – Universidade Federal do Rio Grande – equipe GPA.
UFSM – Universidade Federal de Santa Maria – equipe Carancho.
UFRS – Universidade Federal de Rio Grande do Sul – equipe Minuano.
UPF – Universidade de Passo Fundo – equipe Voa Tchê.
Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul – equipe Kamikase.
URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – equipe Aeromissões.
Santa Catarina – (5 equipes / 5 instituições)
Instituto Superior Tupy – equipe Aero Tupy Open.
Udesc – Universidade do Estado de Santa Catarina – equipe Albatroz.
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina – equipe Céu Azul Aeronaves.
Universidade do Oeste de Santa Catarina – equipe Faeroeste.
Univille – Universidade da Região de Joinvile – equipe Abaquar.
Região Sudeste
Espírito Santo – (1 equipe / 1 instituição)
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo – equipe Aves.
Minas Gerais – (6 equipes / 5 instituições)
Cefet – Centro Federal de Educação Tecnológica de MG – equipe Cefast.
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá – equipe Uirá
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais – equipes Uai-Sô-Fly! e Uai-Sô-Fly! FK.
UFSJ – Universidade Federal de São João Del Rei – equipe Trem Ki Voa.
UFU – Universidade Federal de Uberlândia – equipe Tucano.
Rio de Janeiro – (5 equipes / 4 instituições)
Cefet – Centro Federal de Educação Tecnológica de RJ – equipe Venturi.
IME – Instituto Militar de Engenharia – equipe Zéfiro.
UFF – Universidade Federal Fluminense – equipes Uff Open e Uffo.
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – equipe Minerva Aerodesign.
São Paulo – (34 equipes / 19 instituições)
Escola de Engenharia de São Carlos da USP – equipes EESC-USP Charlie Open, EESC-USP Bravo, EESC-USP Alpha e EESC-USP Mike.
Faculdade de Engenharia São Paulo – equipe Aero Elétrons.
Facens – Faculdade de Engenharia de Sorocaba – equipe Flying Box.
Fatec -Faculdade de Tecnologia de São Paulo – equipe Fatecnautas.
FEI – Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana/SBCampo – equipes FEI Open e FEI Regular.
IFSP – Instituto Federal de São Paulo/Salto – equipe Tapera.
IMT – Instituto Mauá de Tecnologia – equipes Obelix e Asterix.
ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica – equipes Leviatã Open, 100 Limites, Razgriz e No Limite Micro.
Mackenzie – Universidade Presbiteriana Mackenzie – equipe Mechane.
Poli – Escola Politécnica da USP– equipes Poliaclive Pece e Keep Flying.
UNIP – Universidade Paulista/SJCampos – equipes Flyunip e Speed Up.
Unitau – Universidade de Taubaté – equipe Dog Fight.
Unesp – Universidade Estadual Paulista/Bauru – equipes FEB Open, FEB Regular e FEB Micro.
Unesp – Universidade Estadual Paulista/Guaratinguetá – equipe Aerofeg.
Unesp – Universidade Estadual Paulista/Ilha Solteira – equipes Zebra White e Zebra Black.
Unicamp – Universidade Estadual de Campinas – equipe Urubus.
UFABC – Universidade Federal do ABC – equipe GPDA.
UFSC – Universidade Federal de São Carlos – equipe Dragão Branco.
Uninove – Universidade Nove de Julho – equipes Fly Girls, Ícaro e Pégasus.
Região Centro-Oeste
Mato Grosso – (1 equipe / 1 instituição)
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso – equipe Aero.
Região Nordeste
Bahia – (1 equipe / 1 instituição)
UFB – Universidade Federal da Bahia – equipe Orungan.
Ceará – (1 equipe / 1 instituição)
UFC – Universidade Federal do Ceará – equipe Aeromec.
Maranhão – (2 equipes / 2 instituições)
Universidade Estadual do Maranhão – equipe Zeus
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do MA – equipe Guará.
Paraíba – (1 equipe / 1 instituição)
UFPB – Universidade Federal da Paraíba – equipe Aerojampa.
Pernambuco – (1 equipe / 1 instituição)
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco – equipe Mandacaru UFPE.
Rio Grande do Norte – (3 equipes / 1 instituição)
UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – equipes Car-Kara, Car-Kara Open e Car-Kara Micro.
Região Norte
Amazonas – (1 equipe / 1 instituição)
UNIP – Universidade Paulista/Manaus – equipe Amazon Force.
Pará – (2 equipes / 1 instituição)
UFP – Universidade Federal do Pará – equipes Uirapuru e Iaçá.
DISTRITO FEDERAL
Distrito Federal – (4 equipes / 2 instituições)
UnB – Universidade de Brasília – equipes Calango Alado, Draco Volans e Plano Piloto.
UNIP – Universidade Paulista DF – equipe Antonov.
ESTRANGEIRAS
Índia (1 equipe / 1 instituição)
RVCE – Índia – equipe Pushpak.
México (4 equipes / 1 instituição)
IPN UP Ticomán – Escuela Superior de Ingeniería Mecánica Y Elétrica Unidad Ticomán – equipes Vulture Aeronautics Team, Quetzal Aviation, Aviátión Drako e Fênix.
Venezuela (7 equipes / 3 instituições)
Universidad Del Zulia – equipe Aeroluz
UNEFA – Universidad Nacional Experimental Politécnica de la Fuerza Armada Bolivariana Maracay – equipes Catatumbo, Venezuela Cari II, Venezuela Cari-um e Proyecto Vael.
UNEFA – Universidad Nacional Experimental Politécnica de la Fuerza Armada Bolivariana Caracas – equipes Idea e Guia-X.
Programação:
Dia 22 – das 8h30 às 17h – solenidade de abertura, showroom dos projetos no Prédio de Eletrônica e Computação do ITA e apresentações orais das equipes nas salas do Prédio da Divisão Aeronáutica do ITA.
Endereço – praça Marechal Eduardo Gomes, 50, Jardim das Acácias, SJCampos
De 23 a 25 – das 7h às 18h – Competição de Vôo, na Pista de Táxi do Aeroporto do DCTA – aberta ao público. Acesso pela avenida dos Autonomistas, ao lado da Embraer.
Autor: Assessoria de imprensa