Docas apresentará análise em 30 dias

A Codesp pretende apresentar em cerca de um mês o estudo de acessibilidade do Porto de Santos, que está sendo elaborado com base nas informações do master plan encomendado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Esse plano identifica e analisa alternativas para a expansão do complexo santista nos próximos 20 anos. 

A expectativa foi apresentada na tarde de ontem pelo presidente da Docas, José Roberto Serra, durante o primeiro dia do 4o Fórum Brasil de Comércio Exterior, que termina hoje, no Mendes Convention Center, em Santos.

De acordo com Serra, o projeto do BID está “praticamente fechado”, faltando apenas questões burocráticas. Ele explicou que, assim que o master plan for entregue, caberá à estatal seguir as informações expostas no material. “Este documento será revisado todo ano e passa a ser um instrumento regulador das ações de toda a comunidade portuária no desenvolvimento do Porto”, disse o presidente.

Serra destacou o estudo que a estatal prepara em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) da USP, e que deverá ser finalizado até o final do ano. “Ele vai abrir um leque de ações para o planejamento de infraestrutura, para que possamos dar resposta às demandas que vão chegar”.

Entre as análises em andamento, estão o estudo do potencial de desenvolvimento do Canal do Estuário e das rodovias, incluindo a possibilidade de expansão da Imigrantes e da Via Anchieta. “Com base nisso, nós vamos partir para um programa de utilização dessas vias para retirar caminhões da zona interna do Porto, desafogando a nossa infraestrutura para dar condição às cargas que estão por vir”, explicou Serra. Nesse sentido, o presidente ressaltou as dutovias, como um projeto importante para o transporte de granéis líquidos, e as ferrovias, relevante para a retirada de veículos dos acessos ao complexo.

A exploração do potencial hidroviário do Porto também foi levantada por José Serra. “O assunto ainda é incipiente, mas é prioridade e nós vamos desenvolver uma plataforma logística hidroviária da Baixada Santista”.

Autor: A Tribuna