A infraestrutura da Baixada Santista – galerias, córregos, pontes, passarela e viadutos – está envelhecendo e se deteriorando devido à falta de uma política permanente de manutenção desses equipamentos públicos. De acordo com os técnicos, obras de engenharia têm vida útil estimada de 50 anos. Levando em conta que parte desse patrimônio foi construído nas décadas de 1940, 1950 e 1960, podemos afirmar que a Infra-Estrutura da Baixada Santista está com “Prazo de Validade Vencido”.
Num ano pré-eleitoral, é importante destacar a importância da manutenção para os futuros governantes brasileiros, que geralmente não costumam prestar atenção a essa área da administração pública. “A população, infelizmente, ainda não percebeu o papel fundamental da manutenção do patrimônio público para evitar o desperdício de recursos escassos”, diz João Alberto Manaus, presidente do Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco). Vários estudos internacionais e nacionais têm sido unânimes em mostrar que os custos de restauração e de reforço são sempre muito mais elevados do que os de prevenção.
Esse cenário complicado, que já traz inúmeros problemas à população e às economias santista e brasileira, tem solução e é essa discussão que permeará o evento “Baixada Santista: Infra-estrutura com prazo de validade vencido”, no qual será apresentado um dossiê realizado pelo Sinaenco com casos exemplares da falta de manutenção no Parque Balneário Hotel, a partir das 10h30.
Dossiê nacional
“Transformamos essa questão em uma campanha nacional permanente do Sindicato, visando a provocar a conscientização da sociedade, e por decorrência dos governantes, sobre a importância da manutenção da nossa infra-estrutura pública”, ressalta Bernasconi.
Desde que o Sinaenco iniciou esta campanha, já foram percebidos alguns resultados. Em São Paulo, o orçamento para investimentos em manutenção passou de R$ 3 milhões em 2005 para aproximadamente R$ 150 milhões em 2008, provando os resultados do impacto deste estudo. Na Bahia, 10% das obras apontadas como problemáticas no primeiro estudo, em março de 2006, foram recuperadas. Em Belo Horizonte 30% da obras apontadas foram recuperadas.
Esse diagnóstico será entregue às autoridades municipais, estaduais e federal e aos candidatos que disputarão as próximas eleições.
Autor: Assessoria de imprensa