Governo Federal vai liberar novas rodovias até 2010

O governo federal vai conceder 2.600 quilômetros de rodovias para a administração privada. A abertura da concorrência será feita até o fim deste ano, afirma o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
No início de 2010, os planos do ministério são oferecer mais 680 quilômetros de rodovias na Bahia, linhas ferroviárias que estão em obras pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e viabilizar, por meio de investimentos privados, a construção do trecho oeste-leste que vai ligar a ferrovia Norte-Sul ao litoral baiano.

“Estamos esperando sair a licença prévia desse projeto (da ferrovia) para atrair a iniciativa privada”, afirma Passos. Segundo o secretário, tanto as rodovias como as ferrovias têm seis grupos de investidores estrangeiros interessados.

MODELO

A construção da Ferronorte já usa esse modelo concessionário e é gerida pela América Latina Logística (ALL).

O mesmo ocorre com a Transnordestina, em que as obras estão sendo tocadas pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) por meio de empresa logística do grupo.

O Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, também será feito por investidores privados. Eles serão responsáveis pela obra desde a formalização do projeto executivo até a conclusão. Depois, vão administrá-la.

“Com receio de perder mercado ou brecar produção por dificuldade de distribuição, a iniciativa privada tem todo o interesse em investir em obras viárias”, diz o pesquisador Paulo Fleury, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Ilos de Logística. “É no transporte que os empresários cortam custos e ficam mais competitivos”, afirma.

MAIS CARGAS

Para o diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, as atuais 12 concessionárias que administram a malha ferroviária operante no País aplicaram em melhoria e conservação R$ 30 bilhões na última década.

“Para as concessionárias, favorecer e ampliar a rede de usuários do sistema é interessante. Queremos mais cargas e pessoas utilizando o trem”, afirma Vilaça.

Autor: Jornal do Commercio/PE