É difícil ter um porto no Brasil

A Triunfo é a única empresa que conseguiu construir um porto privado para transporte de cargas de terceiros no país – mas terá de vencer pressões trabalhistas, regulatórias e até políticas para expandi-lo

Os portos são um dos grandes gargalos para o crescimento da economia brasileira. O governo federal é responsável pela operação de 18 dos 35 portos marítimos existentes no país e, de forma geral, isso é feito de maneira cara e ineficiente. Os portos públicos não dispõem de tecnologia suficiente para carregar e descarregar grandes navios com rapidez. Devido à baixa profundidade da água nos acessos aos terminais, a maioria dos portos também impõe limites de carga para reduzir o peso das embarcações que atracam – o que eleva os custos logísticos. Além disso, apesar do extenso litoral, poucas empresas exploram a navegação de cabotagem, que tem potencial para reduzir o custo econômico e ambiental do transporte de cargas por meio de rodovias.

Ciente de que precisa aumentar a eficiência dos portos brasileiros, o governo federal colocou 16 portos públicos sob concessão da iniciativa privada nos últimos anos. Boa parte desses portos fez investimentos que trouxeram ganhos de eficiência para os armadores. No entanto, o governo também estabeleceu regras muito rígidas para que a iniciativa privada construísse seus próprios portos no país. Boa parte dessas regras virou lei por pressão das atuais concessionárias de portos públicos, que até hoje têm de conviver com custos herdados dos tempos de administração estatal. Ao invés de o governo reduzir esses custos tanto para os portos públicos quando para os portos privados que viessem a ser construídos, decidiu impor restrições aos dois tipos de terminais. 

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Autor: Portal Exame