A construção de uma ligação seca entre as regiões do Saboó e da Ilha Barnabé, no Porto de Santos, irá diminuir em 76% o percurso entre os terminais das duas margens do complexo. A estimativa é do grupo Ecorodovias, que manifestou interesse em fazer os estudos e eventualmente construir uma ponte estaiada no local.
Atualmente, os caminhões que fazem o transporte de mercadorias entre as duas margens do Porto (Santos-Área Continental e Santos-Guarujá) percorrem cerca de 30 quilômetros entre um ponto e outro. Por exemplo, ao deixar os terminais instalados em Santos, eles precisam seguir até a Via Anchieta, pegar a interligação e, depois, a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá), na altura de Cubatão.
De lá, os motoristas são obrigado a acessar a Rua Idalino Pinês (Rua do Adubo) para, enfim, chegar à Avenida Santos Dumont, a última etapa até a entrada na zona portuária de Guarujá.
Com a ligação seca, no caso a ponte estaiada defendida pela holding rodoviária, a distância cairá para sete quilômetros, ou seja, para menos de um quarto do trajeto atual. Considerando o mesmo roteiro, as carretas terão apenas que voltar à Via Anchieta (na entrada de Santos), acessar o elevado, cruzá-lo sobre o Canal do Estuário e descer ao lado da Ilha Barnabé, já próximo da Piaçaguera-Guarujá.
De acordo com o presidente da Ecorodovias holging que administra a Ecovias, concessionária do Sistema AnchietaImigrantes , Marcelino Rafart Seras, entre as vantagens da diminuição do percurso está a redução no consumo de combustível, que contribui para a menor emissão de poluentes na atmosfera.
Seras apresentou a proposta da ponte durante o Santos Export 2009 Fórum Nacional para a Expansão do Porto de Santos, iniciativa do Sistema A Tribuna, no último dia 26. No evento, o executivo afirmou que o grupo tem interesse em realizar os estudos e, eventualmente, a construção da ponte estaiada Saboó-Ilha Barnabé.
A ligação seca entre essas duas regiões do Porto de Santos é um projeto idealizado pela Codesp e pela Prefeitura de Santos. Entretanto, os dois órgãos ainda não definiram a melhor solução de engenharia: ponte ou túnel.
Segundo a Ecorodovias, uma ponte deverá custar em torno de R$ 1 bilhão.
Autor: A Tribuna