A construção em alvenaria, com o uso de pedras, tijolos ou blocos para formar estruturas, paredes e muros, é um dos métodos de construção mais antigos e comuns da engenharia civil. A modernidade e, consequentemente, a evolução tecnológica revelaram várias formas e materiais para uso racional e até ecologicamente correto. Um dos hábitos que está ganhando espaço nas obras é o uso do aço nas bases estruturais da construção. Uma das técnicas que caíram no gosto da engenharia é a Light Steel Frame, em que a estrutura é feita com bases metálicas, ligadas por parafusos. “É como se a base da construção fosse feita com várias peças que se encaixam. É uma forma prática e mais rápida do que a que envolve tijolos”, afirma Flávio Figueiredo, sócio-gerente da Flasan, empresa de sistemas de construção civil a seco (que usa estruturas metálicas).
A tecnologia nasceu nos Estados Unidos e já está difundida em vários países. Segundo Flávio, a obra que usa bases de metal oferece vários benefícios. “As estruturas metálicas trazem leveza, rapidez e custos que competem com as tradicionais obras de alvenaria. Outra vantagem é que a produtividade dos funcionários da construtora também é maior”, afirma.
A Flasan fabrica e monta estruturas de metal leve, que podem ser usadas nas construções de casas, pequenos prédios e fachadas. Os metais, de acordo com Flávio, atendem as necessidades de sustentabilidade, cada vez maiores na construção civil contemporânea. “O aço é reciclável e a estrutura metálica contribui para diminuir a poluição, ou seja, a obra é ecologicamente correta”.
Vantagens
Quando o aço ainda era pouco visto em obras no Brasil, seu uso era restrito às construções de grande porte. Hoje, esse material já aparece em vários empreendimentos imobiliários, como casas e apartamentos, além de construções comerciais, pontes e viadutos. Obras tanto do governo quando de instituições particulares passaram a fazer uso do material por causa das questões ambientais, tão discutidas nos últimos tempos. A vantagem é que a sobra do material pode ser reaproveitada em outra obra. São reduzidos, ainda, o consumo de madeira na construção, a produção de entulho e a poluição sonora causada por serras e outros equipamentos, além da necessidade de manutenção da estrutura. Isso permite economia de até 30% na construção das fundações e no custo total do empreendimento.
Como a estrutura da construção é fabricada ao mesmo tempo que é feita a fundação da obra, o tempo gasto para finalizar o imóvel pode ser reduzido em até 40%. Isso sem dizer que a montagem não é afetada pelas chuvas, garantindo continuidade da obra o ano inteiro.
Autor: Estado de Minas