Terminais portuários do país são retratados e viram livro

Após muitas aventuras que resultaram no livro Portos e Terminais Marítimos do Brasil, em 2006, o fotógrafo brasileiro Flávio Roberto Berger, especializado em tomadas panorâmicas, lançou, em abril, durante a Intermodal South America, a segunda edição da obra. Com fotos inéditas dos 49 principais portos do País, além dos terminais, a publicação chega com um conteúdo mais completo para atender as exigências da comunidade portuária. 

Até mesmo a divulgação do livro ­ feita só pela internet ­ busca atender a solicitação dos clientes de Berger que atuam no setor. “Eles querem exclusividade, direto da editora”, diz o fotógrafo. A maioria das vendas ­ que teve início este mês ­ é feita para agências marítimas, transportadoras, portos, armadores, despachantes e faculdades. O valor é R$295,00, com custo adicional do frete da região de entrega. 

Há mais de dez anos atuando no complexo marítimo santista, hoje é quase impossível visitar uma empresa da região e não encontrar em suas paredes uma foto de Berger, figura já conhecida entre a maioria dos empresários do segmento. “Estou sempre aqui atualizando o meu material”.
Publicado pela editora Bela Catarina (SC) ­ Berger nasceu em Curitiba (PR), mas hoje mora em Joinville (SC) ­ a segunda edição traz algumas novidades em relação à primeira obra. 

Apesar de apresentar formato menor, de 30 por 31 cm (a anterior era de 31 por 47 cm), a publicação traz mais de 700 imagens distribuídas em 300 páginas. Segundo Berger, o objetivo foi desenvolver um material compacto, prático, com facilidade para manusear e ser enviado por malote. 

O número de portos e terminais visitados também foi alterado. Dessa vez, os leitores terão à disposição informações e imagens de novas áreas, como o Terminal de Angra dos Reis (Tebig), no Rio de Janeiro, o Terminal Aquaviário de São Sebastião (Tebar), da Transpetro e o Porto de Navegantes (Portonave), em Santa Catarina. 

Outro atrativo é a variedade de fotos que está mais completa, com tomadas terrestres de locais que antes contavam apenas com fotos aéreas. Nesse caso, um dos destaques fica para os terminais da Vale e para os portos da Bahia. Um glossário com imagens é outro diferencial da publicação. 

Segundo Berger, foram necessários 17 meses para que fossem feitas as fotos. Ele explica que o trabalho foi realizado junto ao irmão Aureo Berger, que colaborou fotografando em quatro portos. Já a pesquisa estava pronta desde outubro do ano passado.

“Como tivemos o problema das enchentes no Sul e a crise econômica mundial, achamos que não seria uma época boa para o lançamento. Diante disso, continuamos atualizando os dado, tem fotos que foram tiradas em fevereiro”. 

Junto a cada imagem há uma legenda explicativa. “Tivemos uma pesquisadora que já tinha uma base dos textos do primeiro livro. As principais alterações normalmente se referem aos equipamentos, às estruturas e projetos em expansão”. O investimento, afirma Berger, foi todo da sua empresa, a Fotoimagem. 

TRABALHO
Para os próximos meses, Flávio Berger conta que tem outro livro em processo de revisão. Será o Glossário Portuário Ilustrado, que segundo o fotógrafo, émais uma publicação inédita, que deverá ser lançada até o final deste ano. A obra terá as mesmas dimensões da segunda edição do Portos e Terminais Marítimos do Brasil. “Será um livro diferente, exclusivo e agradável de ler, que ainda não existe no mercado”. 

Ele explica que as fotos estão prontas e que no momento a obra passa pela revisão. “O material já passou pela Marinha, Praticagem, faculdades de comércio exterior e agora está em uma das últimas etapas”. O próximo passo é a revisão gramatical e a tradução para o inglês, que deve demorar em torno de dois meses. 

A essência do livro são as terminologias portuárias e siglas. Para cada termo haverá fotos ilustrativas, mostrando, por exemplo, o que é um portêiner e todos os que existem pelo País. “Vamos explicar, entre outras coisas, a função do prático, que ao contrário do que muitos pensam, não é a pessoa que fica balançando bandeirinha no porto”, brinca Berger.

Autor: A Tribuna