Estaleiro firmará pólo naval no estado de Pernambuco

Unidade pernambucana para a construção de navios deve ficar pronta em 2011 

A construção do estaleiro demandará mil empregos diretos, inicialmente“Daremos mais um importante passo na consolidação do melhor porto público do País como um concentrador das indústrias naval, petrolífera e de off shore”. Foi com essa declaração que Eduardo Campos, Governador de Pernambuco, analisou a posição do Porto de Suape com a instalação de um novo estaleiro. 

Em abril, Campos informou que um consórcio formado pelas empresas Galvão Engenharia e Alusa 
serão responsáveis pela construção do segundo estaleiro no porto. O novo empreendimento terá investimentos de US$ 350 milhões e contemplará uma área de 75 hectares na Ilha de Tatuoca. 

Para Sidnei Aires, Diretor Vice-presidente do Complexo de Suape, o projeto tem uma representatividade muito importante para o Pernambuco, “na medida em que consolidará, cada vez mais, o pólo naval do estado”, salienta. A construção do estaleiro demandará mil novos empregos, em princípio. 

Posteriormente, em média, 2.500 colaboradores diretos devem ser contratados para a operação da empresa. 

Ainda de acordo com o diretor, vários fatores contribuíram para que o estado pernambucano tivesse a preferência para a instalação do estaleiro, que estava sendo disputada com a Bahia e Santa Catarina. 

“Muitas são as vantagens de Pernambuco frente a outros estados da
federação. Entre os diferenciais do estado, e particularmente do Complexo de Suape, estão a sua posição logística privilegiada, a excelente infra-estrutura já existente, os novos projetos de infra-estrutura em construção, a elevada profundidade dos canais de acesso e berços de atracação, incentivos fiscais arrojados e um vasto programa de capacitação
de mão-de-obra já em andamento”, considerou Aires. 

A construção terá o apoio da Komac e da Samgdong – empresas coreanas – e da holandesa SBM Off Shore NV. A previsão é que o estaleiro comece a ser construído no início de 2010, “após a conclusão de processos licitatórios que serão lançados pela Petrobras visando a exploração do pré-sal”, afirmou o diretor. A partir daí deve ser concluído entre 12 e 15 meses. 

No local, serão fabricadas embarcações do tipo “supply boat” – barcos de suprimento para aplicação no transporte de alimentos, água e peças para plataformas marítimas. Os navios terão até 150 metros e capacidade entre 3.500 e 40 mil toneladas. Já os equipamentos para a captação de petróleo serão capazes de atingir 12 quilômetros de profundidade em alto mar.

Autor: Web Transpo