O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que o planejamento na área de infra-estrutura é vital para o setor de construção civil permanecer como o principal fomentador da economia brasileira, hoje responsável por 12% do PIB.
“É hora de pensar como o Brasil precisa aperfeiçoar ainda mais, com uma visão de médio e longo prazo, os instrumentos de desenvolvimento infra-estruturais. De maneira a descortinar um horizonte de prazo mais longo, para que a cadeia da construção continue sendo um grande veículo de crescimento saudável da economia brasileira”, sinalizou Coutinho, durante a abertura do 7° Construbusiness, evento organizado pela Fiesp, com apoio do Ciesp e do Senai-SP.
A estratégia apontada por ele para a consolidação do segmento à frente da economia nacional envolve três ações no âmbito da esfera governamental: ampliar e fortalecer mecanismos de financiamento; oferecer suporte fiscal à construção de habitações sociais; manter o foco do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) nas áreas de saneamento básico, urbanização de favelas e áreas de risco.
O presidente da Fiesp, Ciesp, Senai-SP, Paulo Skaf, ressaltou o empenho das entidades em suprir a demanda do segmento por mão-de-obra qualificada.
“Estamos dando todo apoio possível à cadeia da construção. Formaremos este ano 46 mil profissionais através do Senai de São Paulo. Continuaremos trabalhando muito, porque o Brasil precisa do fortalecimento maior da cadeia da construção”, afirmou Skaf para cerca de 630 empresários, no Teatro Popular do Sesi, em São Paulo.
O BNDES estima que a construção empregue mais de 8,2 milhões de trabalhadores diretos e indiretos em todo o país. “É uma atividade altamente intensiva na criação de empregos e de um grande serviço de comercialização e financiamento presentes na vida brasileira”, avaliou Coutinho,
Construção x crise
O presidente do BNDES assinalou que, diante do cenário de retração na economia mundial, a construção civil é “uma solução” para o Brasil. “Por sua capacidade de manter seu crescimento e sustentar emprego, ela é fundamental para manter economia brasileira. Mantida em sua dinâmica, essa cadeia é o esteio fundamental mínimo da economia brasileira”, garantiu.
De acordo com Coutinho, essa “importância é nítida para o governo brasileiro”, que através da Caixa Econômica Federal financia o mercado imobiliário com R$ 30 bilhões, em 2008.
“Tenho acompanhado as discussões e posso garantir a importância da construção civil para o governo. Certamente, a sustentação através de medidas que já foram tomadas permitiu evitar dificuldades, num período de transição de desaceleração do ritmo de atividade”, assinalou.
Luciano Coutinho apontou o setor com um importante fomentador de outros segmentos. “A cadeia de construção civil é, certamente, a mais importante da economia brasileira. Ela mobiliza um grande e importante conjunto de atividades da indústria de materiais: aço, pvc, elétricos, componentes de serviços e materiais de grandes obras”, considerou.
Autor: Agência Indusnet Fiesp