Rodovia dos Bandeirantes completa 30 anos

A rodovia trouxe desenvolvimento para a região que liga a Capital ao Interior do Estado

No dia 28 de outubro a Rodovia dos Bandeirantes comemora 30 anos de uma história que se confunde com o desenvolvimento do Estado de São Paulo. Referência em engenharia rodoviária por sua concepção de auto-estrada, a Bandeirantes mantém o alto padrão de qualidade estrutural desde a sua inauguração. 

Nessas três décadas constituiu importante vetor para o desenvolvimento dos municípios que estão em sua área de influência. Novos investimentos migraram para a região com a implantação de novas indústrias, serviços, incremento ao potencial turístico e de lazer. 

Hoje é considerada a melhor rodovia do País — classificação dada pelo Guia Quatro Rodas, pela terceira vez consecutiva —, comprovando que as melhorias, a expansão da rodovia e a inovação tecnológica aplicada na sua operação e nos serviços oferecidos aos usuários trouxeram resultados concretos como a diminuição no tempo de viagem, o menor consumo de combustíveis, a redução dos custos de manutenção, a sensível diminuição no número de acidentes e, conseqüentemente, maior segurança.

Prolongamento
Logo após o início da concessão foram implantados 78 quilômetros de rodovia, ligando Campinas a Cordeirópolis, com as mesmas características de auto-estrada, ou seja, via expressa com controle total de acessos. O investimento nesta obra foi de R$ 990 milhões. 

O novo trecho possui duas pistas de três faixas de tráfego cada, de São Paulo até o trevo de Santa Bárbara d'Oeste, e com duas faixas de tráfego após esse trecho. A Rodovia dos Bandeirantes tem seu canteiro central com 30 metros de largura da capital paulista até Campinas e 11 metros nos 78 quilômetros do prolongamento. Ao longo da Rodovia foram construídas 174 obras-de-arte, entre viadutos, pontes e passagens inferiores e superiores. 

A rodovia dos Bandeirantes tem 159,67 quilômetros de extensão e recebeu outra série de melhorias, como o viaduto do Rodoanel e em seguida a quarta faixa de tráfego de São Paulo a Jundiaí.

Nos investimentos, o porte do empreendimento
A qualidade de seu projeto de engenharia faz da Rodovia dos Bandeirantes uma referência do setor no mundo inteiro. Outro fator estrutural de destaque é o porte das obras do segundo trecho de prolongamento. São 62 pontes, viadutos e passagens, com ênfase para os segmentos sobre o rio Piracicaba e sobre o ribeirão Tatu. Nesses 10 anos sob gerência da AutoBAn, a rodovia recebeu investimentos em obra no total de R$ 1,253 bilhão.

4ª faixa de tráfego na Bandeirantes 
A implantação da quarta faixa de tráfego nas duas pistas da SP 348 (Rodovia dos Bandeirantes), aconteceu entre os km 16 e 47, trecho localizado entre São Paulo e Jundiaí.
Esta faixa foi adicionada do lado esquerdo da rodovia, no canteiro central, e teve por objetivo melhorar a fluidez do tráfego em uma das regiões de maior volume de veículos do Sistema Anhangüera-Bandeirantes. Como parte das obras, vinte e dois viadutos foram alargados. 

Somado às obras de pavimentação e sinalização, o investimento foi de R$ 263 milhões. Além disso, já está planejada a implantação de uma quinta faixa de tráfego em 2013. O investimento previsto será de R$ 70 milhões. 

Desde o início da concessão, a AutoBAn investiu R$ 1,253 bi na Bandeirantes – 40% do investimento em obras realizado pela concessionária. 

Obras contínuas
A recuperação periódica e os reparos no pavimento, assim que apresenta sinais de fadiga, além da implantação e manutenção constante da sinalização de qualidade, contribuem ainda mais para a segurança no deslocamento dos usuários nas viagens e traz o progresso, na medida em que atrai novos investimentos.

Desenvolvimento para a Região
A instalação de novos empreendimentos movimenta a economia da região, fomenta o turismo e ainda facilita o transporte de cargas, melhorando o escoamento da produção agrícola e industrial.
Uma contagem da população em 2007 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 75% da população da Região Metropolitana de Campinas (RMC), quase 2 milhões de habitantes, moram nessa rota onde estão Campinas, Vinhedo, Hortolândia, Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste. É o eixo rodoviário que concentra as maiores cidades da região.

Prêmio
A segurança, a geometria, a sinalização, a fluidez do tráfego, os serviços prestados na Rodovia dos Bandeirantes, entre outros benefícios aos usuários garantiu por três vezes consecutivas, 2006, 2007 e 2008 o título de “melhor rodovia do País”, conferido pelo Guia Quatro Rodas.

Monumento da Bandeirantes: as três faces do cristal

Em uma época de novidades tecnológicas, a construção da Rodovia dos Bandeirantes incentivou a cultura com um concurso que ganhou projeção nacional no final da década de 1970. O motivo? A escolha do monumento que se tornaria referência da nova saída de São Paulo com destino a Campinas. Competindo com cerca de 40 trabalhos, o gaúcho natural de Bagé, Avatar da Silva Moraes, venceu as etapas preliminares e desenvolveu o projeto que hoje é visto das marginais Tietê e Pinheiros indicando a Bandeirantes. O cálculo da estrutura de concreto armado foi da empresa Proenge e, a construção, da empreiteira CBPO.

O pai da identidade da Bandeirantes trabalhou na Universidade Federal de Brasília, participou de um concurso e ganhou uma bolsa de estudos nos Estados Unidos. Em seu retorno ao Brasil fixou residência no Rio de Janeiro. Atuou como professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Aos 75 anos, deixou o magistério e dedica-se à publicação do livro “O Sagrado Moderno”, que aborda a teoria da sociologia sobre a arte como fenômeno artístico.

Moraes conta que a inspiração das três pirâmides pontiagudas de três faces, e que lembram um cristal com intercrescimento, surgiu como resultado da especialização que fez no Massachusetts Institute of Technology – MIT. “Na elaboração do projeto segui o trabalho que vinha desenvolvendo no MIT, com propostas de monumentos para locais comemorativos”, acrescentou. O monumento no início da Bandeirantes, segundo Moraes, representa a escultura que aflora do subsolo, aproveitando os elementos naturais e valorizando a obra do homem na modificação da natureza.

Autor: Assessoria de imprensa