A consultora da FGV Projetos Ana Maria Castelo avaliou durante workshop sobre os efeitos da crise na construção, realizado em 16 de outubro no SindusCon-SP, que o crescimento da construção deve se confirmar em 10,2% em 2008, mas deverá desacelerar para 5% em 2009.
“Além dos recursos do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), o BNDES tem elevado os investimentos em infra-estrutura. E, diante da crise no mercado de capitais, será necessário buscar outras alternativas de financiamento, como o mercado secundário”, afirmou
De acordo com o diretor de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a desaceleração da atividade econômica provocada pela crise financeira obrigará a uma maior eficiência das construtoras nos próximos meses.
“Teremos alguma turbulência, mas as empresas que investirem em qualidade e produtividade, realizando ajustes, vão ultrapassar esse período. O crédito será mais seletivo e escasso, mas os bancos não deixarão de emprestar, eles terão de fazê-lo.
E vamos continuar com uma grande demanda por habitação e infra-estrutura nos próximos anos, geração de emprego, financiamento habitacional e investimentos de governo assegurados”, comentou.
Para o consultor da FGV Projetos Robson Gonçalves, os bons fundamentos da economia farão o País voltar a crescer após a crise. Ele avaliou que há espaço para uma redução dos juros, uma vez que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) já está em queda. “Os juros no mundo inteiro caíram, aumentando ainda mais a diferença em relação aos juros no Brasil. O Copom poderia começar a cortar juros na próxima reunião, embora não acredito que ele faça isso”, finalizou.
Autor: PINIWeb