Ganhos da construção de empreendimentos residenciais sustentáveis, como redução dos custos de operação e manutenção, maior velocidade de venda e valorização do imóvel, comprovam viabilidade e vantagens do negócio
A adoção de medidas sustentáveis em edifícios residenciais ainda esbarra na resistência de muitos empresários da construção civil e até dos compradores de imóveis quanto à viabilidade e vantagens do negócio.
Entretanto, o avanço de estudos de ecoeficiência na construção de empreendimentos residenciais no Brasil e a consolidação desses projetos no exterior – notadamente Estados Unidos e Europa – têm comprovado a inconsistência desse receio: em comparação com edifícios convencionais, prédios reconhecidos como verdes são mais valorizados no mercado, apresentam velocidade de venda e taxas de ocupação superiores, além de poderem oferecer uma performance econômica atrativa para compradores e vendedores.
Como? A estratégia, já traçada por empresários nacionais, tem sido produzir e vender eficiência. Ou seja, oferecer ao mercado produtos com preços de venda competitivos e custos de operação (condomínio + manutenção + concessionárias) expressivamente inferiores aos modelos convencionais, gerando uma economia que, em curto ou médio prazo, não só compensa o investimento inicial do comprador, como gera rentabilidade.
É isso que demonstrou recente estudo da Tishman Speyer do Brasil, que adota uma ótica pragmática, calcada exclusivamente na economia de água e energia, os dois fatores de principal impacto ambiental e responsáveis pelos maiores índices de gastos de um imóvel durante sua vida útil de 50 anos.
De acordo com o estudo, um investimento adicional de 5% do custo de construção de um edifício habitacional, para aprimoramento da eficiência de instalações elétricas e hidráulicas, resulta num incremento do preço de venda do imóvel entre 2,5% e 3%.
“Isso acontece porque o aumento de custo só incide sobre 50% do preço de venda, correspondente ao custo de construção. Outros valores, como o custo do terreno, de marketing etc., não são acrescidos pela opção de sustentabilidade maior no projeto”, explica Luiz Henrique Ceotto, diretor de projetos da Tishman Speyer.
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Autor: Construção Mercado