A expansão internacional está nos planos da CNEC Engenharia S.A., divisão de engenharia do grupo Camargo Corrêa, que nasceu construção e hoje atua, além destas áreas, em cimentos, calçados, têxteis, siderurgia, concessões, incorporações e meio ambiente e corporativa. Em 2007, o grupo teve receita bruta de R$ 12,4 bilhões e cresce de olho nos investimentos em novos projetos de ampliação da capacidade energética do País, além do crescimento dos setores de petróleo, óleo e gás e mineração.
Nos últimos três anos, a CNEC ampliou o faturamento de R$ 65 milhões para R$ 200 milhões, por conta de projetos relacionados à expansão destas áreas, para clientes como Petrobras, Vale e Alcoa e hidroelétricas, como o projeto de Belo Monte, no Pará. “Até 2012, queremos dobrar o faturamento, com o fortalecimento das áreas de petróleo e de mineração, que ainda têm bastante espaço para crescer no País”, afirma José Ayres de Campos, presidente da empresa. Para isso, a empresa pretende expandir para o exterior, que atualmente é nula, para 25% do faturamento e avalia comprar empresas em áreas estratégicas, como petróleo e gás.
Prestes a completar 50 anos, a empresa tem origem na área de engenharia hidráulica e possui um portfólio de 40 mil megawatts de estudos de viabilidade de projetos de energia, como os inventários hidroelétricos para aproveitamento das bacias dos rios Tapajós, Madeira, Xingu e Uruguai. A empresa também é responsável pelo estudo de viabilidade da Usina Belo Monte, que deve ser a maior do País depois de Itaipu. Esta área corresponde a 30% do faturamento da área de energia hidro e termoelétrica.
No entanto, a expansão de projetos para a Petrobras fez com que a área de óleo e gás se igualasse à de hidroelétricas e hoje alcança 30% do faturamento da empresa. Entre os principais contratos estão o de reforma e modernização da carteira industrial de gasolina da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, São Paulo, voltada à produção mais limpa; a reforma e ampliação da Carteira de Coque da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná e a integração de diversas tecnologias no projeto básico do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. “Em óleo e gás, o maior volume é de projetos executivos”, afirma o presidente.
Da mesma forma, a área de mineração representa 30%, com clientes como Vale, Alcoa e BHP Billinton. O restante do faturamento vem da área ambiental.
Estratégia
Para consolidar sua atuação na áreas de óleo e gás e mineração, consideradas estratégicas no plano de expansão da empresa, a CNEC considera aquisição de empresas com expertise em processos, que atualmente é atendida através de parcerias. “Também buscamos parcerias que possam suprir a atual escassez de recursos humanos na área de engenharia para estas áreas, que é generalizada no Brasil.”
A empresa elegeu quatro países para iniciar a internacionalização. Na América Latina, Peru e a Argentina e na África, em Moçambique e Angola, na esteira da atuação das empresas do grupo Camargo Corrêa, para quem já fez estudos de viabilidade de projetos nos países africanos. “No Peru e Argentina, identificamos oportunidades nas áreas de energia e mineração”, disse.
Outra meta da empresa é acompanhar a expansão de clientes, mesmo em outras regiões. “Temos de 10 a 15 clientes com atuação internacional, como a Alcoa e a BHP Billinton e pretendemos acompanhá-los, mesmo em projetos fora dos países que escolhemos para a iniciar nossa expansão internacional”. No passado, a empresa realizou projetos para a Alcoa no Canadá, Estados Unidos, Caribe e países da América do Sul. Atualmente, estão em análise projetos para a BHP Billinton na África e no Canadá.
Odebrecht
Outra que atua no mercado internacional, a construtora Norberto Odebrecht, por conta de erros na central hidroelétrica de San Francisco, passou ontem maus bocados. Opresidente do Equador, Rafael Correa, ordenou o embargo dos bens da construtora, responsável pela obra em um consórcio com a Alstom e a VaTech.
Corretagem
A imobiliária Brasil Brokers Participações S.A. anunciou ontem que o acionista Wellington Management Company, LLP, com sede em Massachusetts nos Estados Unidos, informou ter atingido, através de contas sob sua gestão, a participação acionária de 5,06%, detendo 8,3 milhões do total de 163, 9 milhões ações ordinárias. Segundo a empresa, o acionista adquiriu as participações nas ações em nome de diversas contas individuais, que detêm participações nas ações da companhia, “na sua qualidade de administrador de investimentos”, em benefício das contas e para fins de investimento”.
Autor: DCI