A engenheira Maria das Graças Foster, diretora de Gás, Energia e Biocombustíveis da Petrobras, está empenhada em concretizar um investimento numa usina de grande porte de geração de energia eólica no Rio Grande do Norte, tomando com base a unidade piloto inaugurado em 2004 na praia de Serra no litoral de Macau, pela companhia. A informação é do secretário Jean Paul Prates, de Energia e Gás do Governo do Estado.
E para concretizar o investimento no Estado, Jean Paul Prates disse que a gerente Maria das Graças Foster já conversou com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que teria dado sinal positivo para o investimento da companhia no RN. Inclusive, segundo Prates, a ministra cobrou mais empenho para que o potencial de produção de energia eólica do Rio Grande do Norte seja melhor explorado.
Apesar de apresentar um dos melhores ambientes para geração de energia eólica do País, o Rio Grande do Norte está perdendo espaço para o Estado do Ceará, que até o final do ano espera iniciar a produção de energia eólica numa potência superior a 325 megawatts de energia, com previsão de aumentar essa produção até o final de 2009 em mais de 500 megawatts de energia.
O Rio Grande do Norte, somando a produção da Usina de Rio do Fogo e a experimental da Petrobras em Macau, produz apenas 51,1 megawatts, e não existe previsão de aumentar a produção até 2010, apesar dos anúncios e mais anúncios de investimentos por empresários interessados no setor.
Prates alertou, no entanto, que as negociações da Petrobras para instalar a usina eólica no RN, através da diretoria de Gás e Energia da companhia, ainda estão em fase embrionária. Disse que não existem prazos estabelecidos e nem projetos definitivo no papel. “O que existe é um trabalho de planejamento, em cima de um estudo que foi feito a partir da unidade piloto da Petrobras no município de Macau, que vem apresentando ótimos resultados para a companhia”, declara Prates.
A única informação que o secretário pôde adiantar à reportagem do JORNAL DE FATO foi que a futura usina terá participação majoritária da Petrobras e terá capacidade de produção superior a 200 megawatts, ou seja, será a maior usina de geração de energia elétrica a partir da força dos ventos da América Latina. “E o Governo do Estado está trabalhando para que esse projeto se concretize e traga para o Rio Grande do Norte a tão sonhada autonomia energética”, diz.
Autor: Energia Brasil