Reduzir o consumo de energia elétrica será prioridade a partir de 2012, quando entrarão em vigor novas normas de construção com foco na sustentabilidade. A informação é do professor e vice-diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), Marcelo de Andrade Romero.
Ele lembrou que na França e nos Estados Unidos, as medidas de economia de eletricidade têm força de lei desde 1974, quando a crise do petróleo impôs a necessidade de repensar o uso dos recursos energéticos.
“O Brasil fará isso com quase 40 anos de atraso, mas terá a vantagem de incorporar as boas práticas dos países pioneiros”, argumentou nesta quinta-feira (4), na Fiesp, durante o seminário “A Contribuição da Refrigeração e do Ar Condicionado para o Meio Ambiente”.
Segundo o professor da FAU/USP, já existe uma Certificação Verde para edifícios, criada em 2007. A adesão é voluntária. E deu exemplos de equívocos arquitetônicos, como os arranha-céus com fachadas inteiras de vidro escuro.
“Essas construções dificultam a passagem da luz e são extremamente quentes. Ou seja, são o oposto do que precisamos para economizar energia”, afirmou.
A exemplo do que já acontece com a certificação voluntária, a economia energética não será o único aspecto abordado pela nova legislação. O bom uso dos recursos hídricos também será estimulado.
Romero participou como palestrante do seminário “A Contribuição da Refrigeração e do Ar-Condicionado para o Meio Ambiente”, realizado pelo Departamento de Meio Ambiente da Fiesp e pelo Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar).
Autor: Agência Indusnet Fiesp