O setor da construção civil apresentou na noite de ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano que destina cerca de R$ 300 bilhões para acabar com o déficit habitacional da população mais pobre do País. A proposta, de autoria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), é a de construir oito milhões de casas num prazo de 15 anos. O governo entraria com metade dos recursos, por meio de redução de impostos e concessão de subsídios.
Em entrevista após audiência com Lula, o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, contou que apresentou ao governo também um plano de reforma da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, orçado em R$ 300 milhões. Por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP), empresas do setor construiriam sete novos anexos aos edifícios existentes e fariam mudanças na estrutura dos prédios. Em troca, o governo cederia projeções e lotes na capital para empreendimentos imobiliários.
Simão relatou ainda que, na audiência com Lula, os empresários reclamaram das dificuldades em obter licença ambiental para projetos previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). “Há muito radicalismo na área de licenciamento ambiental”, reclamou o empresário. O Palácio do Planalto não se manifestou sobre a audiência de Lula com os empresários.
Autor: Agência Estado