O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição Gilberto Kassab foi o último convidado do Ciclo de Debates – A engenharia, a construção e a indústria imobiliária discutindo São Paulo – promovido por sete entidades desses setores e realizado na sede do Instituto de Engenharia.
O Ciclo de Debates já é uma tradição e nessa rodada recebeu os candidatos com maior índice nas pesquisas: Marta Suplicy, Paulo Maluf, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab.
Kassab deu início à explanação fazendo um resumo de suas realizações na prefeitura. Segundo ele, o município de São Paulo passa por um bom momento, levando em consideração que “a saúde financeira (da prefeitura) estava bem abalada”.
Ele citou os pesados investimentos em infra-estrutura e no campo social – saúde, habitação e educação. Neste último, “o problema não era recurso, mas gestão, pois com os mesmos 31% que as outras gestões disponibilizavam foi possível reformar escolas, algumas com mais de 30 anos sem passar por obras”.
A criação de 90 novas AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) e a informatização da rede de controle de distribuição de remédios, também foram citadas.
Os investimentos no Metrô, que já eram um dos questionamentos das entidades organizadoras, foram relatados pelo prefeito.
De acordo com Kassab, a boa administração financeira fez com que, pela primeira vez, uma prefeitura paulistana pudesse investir nesse transporte. “Aplicamos R$ 200 milhões no Metrô.
A medida que a prefeitura investe nisso, ela tem mais embasamento para cobrar aporte do governo federal”, disse Kassab.
Investimentos no Rodoanel, assim como a construção de dois novos corredores de ônibus, com 57 km de extensão, foram outros compromissos assumidos pelo candidato caso consiga a reeleição.
“Vamos arrumar também os outros corredores de ônibus existentes que foram construídos de forma que não devia”, ressaltou Kassab.
Quando questionado sobre a má elaboração do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento, ele respondeu que o plano diretor prevê uma revisão e se comprometeu a fazer uma revisão em conjunto com outras autoridades para buscar melhorias, frisando que a questão ambiental tem de ser o carro-chefe.
Sobre a conservação das obras, ele lembrou que agora, seja qual for a gestão, ela terá que disponibilizar, compulsoriamente, os mesmos recursos para a manutenção de obras.
Quanto ao défict habitacional, Kassab disse que é possível erradicar as favelas em 10 anos. “Se tivermos como exemplo as favelas de Heliópolis e Paraisópolis que possuem, respectivamente, 140 e 85 mil pessoas morando, vemos, hoje, que estamos transformando-as em bairros, com saneamento, ruas asfaltadas.
Em 2007, aplicamos mais de 2% em habitação. Em 2008, passamos para 3,5%. Se continuarmos nesse ritmo de crescimento, é possível erradicar as favelas em 10 anos”, frisou Kassab.
Como o objetivo de discutir pontos da engenharia, da construção e da indústria imobiliária que consideram importantes para a futura gestão e, com isso, contribuir para o aprimoramento da administração municipal, o evento foi organizado pelas seguintes entidades: Instituto de Engenharia, Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (SINICESP),Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON – SP),Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI – SP), Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO – Nacional), Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO – Regional São Paulo) e Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (APEOP).
Autor: Isabel Dianin