Paulo Maluf, candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, foi o segundo convidado para o Ciclo de Debates – A engenharia, a construção e a indústria imobiliária discutindo São Paulo, na sede do Instituto de Engenharia, que foi realizado no dia 28 de julho.
Com objetivo do evento é convidar os quatro candidatos com maior índice nas pesquisas para discutir pontos da engenharia, da construção e da indústria imobiliária, que consideram importantes para a futura gestão e assim contribuir para o aprimoramento da administração pública.
Ao iniciar a sua explanação, o candidato citou as obras realizadas por ele nas gestões como prefeito e governador de São Paulo. Com o lema “eu já fiz e sei como fazer”, apresentou vários projetos de infra-estrutura, e o maior deles que é uma free way nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros. Nesse projeto será construído seis faixas de tráfego de cada lado nas marginais, com 3% do orçamento da cidade. “O problema das marginais não se resolvem com obras pequenas.”
Maluf enfatizou, assim como a candidata do PT Marta Suplicy – que foi a primeira convidada do Ciclo de Debates, no dia 22 de julho -, que o problema da cidade de São Paulo é o trânsito e o transporte coletivo. Disse também que, com os congestionamentos, a cidade perde R$ 25 bilhões por ano.
Além de expor seu programa, o candidato ouviu questionamentos das entidades promovedoras sobre garantia de pagamento em dia das obras contratadas, continuidade e aumento dos investimentos no Metrô, quantidade e qualidade do corpo técnico, revisão de Plano Diretor e Lei de Zoneamento, prática do pregão e do menor preço nas licitações, continuidade da manutenção da infra-estrutura construída, déficit habitacional da cidade, intervenções e responsabilidades da administração anterior.
Como disse que gastaria 20% do orçamento com folha de pagamento, comprometeu-se a fazer os pagamentos em dia, a investir no Metrô, a adotar novamente o ponto eletrônico on-line e a investir 30% do orçamento da prefeitura em habitação. Em relação à contratação de serviços engenharia pelo menor preço, disse que esse método não é o melhor porque é necessário que a empresa tenha experiência. “Obra mais barata é obra inaugurada. Obra mais cara é a obra que não foi feita.”
Finalizou dizendo que, se for prefeito, as entidades terão portas abertas para fazer sugestões. Lembrou que, em sua última gestão como prefeito de São Paulo, pediu uma indicação ao Secovi para Secretaria de Habitação.
Ao final do evento, o vice-presidente do Secovi-SP, Flavio Prando, entregou em mãos ao candidato Paulo Maluf algumas sugestões da entidade para o seus programa de campanha.
Além do candidato, compuseram a mesa Marlus Renato Dall’ Stella, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp); Sergio Tiaki Watanabe, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon–SP); Flavio Prando, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi–SP); João Alberto Manaus Correa, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco- SP); Arlindo Virgílio Machado Moura, presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), e Edemar de Souza Amorim, presidente do Instituto de Engenharia.
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco Nacional) José Roberto Bernasconi também foi um dos organizadores do evento.
Próximos debates
Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab confirmaram a presença no Ciclo de Debates nos dias 6 de agosto (quarta-feira), às 11h, e 13 de agosto (quarta-feira), às 10h, respectivamente.
Autor: Fernanda Nagatomi