O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, disse nesta sexta-feira que os estudos para a realização de um leilão de energia oriunda de produção eólica serão concluídos dentro de dois meses. Ele praticamente descartou a possibilidade do leilão ser feito ainda neste ano.
Tolmasquim admitiu ainda que o preço da geração eólica terá influência no número de empreendimentos que serão ofertados.
“O quanto será contratado dependerá do preço. Vamos priorizar empreendimentos que tenham boa escala tecnológica e que permitam uma geração mais eficiente”, disse Tolmasquim, que participou de conferência sobre o setor de petróleo na sede do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), no Rio.
Tolmasquim ressaltou que há vários empreendedores interessados em investir na geração eólica no país, mas lembrou que a questão do elevado preço vai limitar o número de concorrentes no leilão.
O Ministério de Minas e Energia solicitou estudo à EPE para a realização do que seria o primeiro leilão exclusivo de energia eólica no país.
Pré-sal
Tolmasquim disse ainda que a previsão de aumento da produção de petróleo com o desenvolvimento dos projetos na camada pré-sal não mudará as características da matriz energética brasileira.
Ele explicou que o álcool continuará ganhando espaço e lembrou que os preços de derivados do petróleo praticados no país acompanham as oscilações do barril de petróleo no mercado internacional.
Para Tolmasquim, a estimativa de produção de álcool chegará a 66 bilhões de litros em 2030 é muito conservadora. Ele ressaltou ainda que as perspectivas do pré-sal influenciarão o plano nacional de energia que desenha a matriz energética brasileiras até 2030.
Autor: Folha S. Paulo