A próxima usina nuclear brasileira, depois de Angra 3, poderá ter um reator de tecnologia 100% nacional. Poucos países detêm hoje essa capacidade. O Brasil escolheu a americana Westinghouse (Angra 1) e a francesa Areva (Angra 2 e 3) como fornecedores das usinas anteriores.
Além delas, somente empresas japonesas e russas fabricam reatores de água pressurizada (PWR). A Coréia do Sul também anunciou ter desenvolvido essa mesma tecnologia – existem outros modelos. O projeto de construção de um protótipo de reator está a cargo da Marinha. A unidade de geração de energia elétrica, conhecida como projeto Labgene, terá potencial para produzir 11 MW – o suficiente para iluminar uma cidade com 20 mil habitantes.
Essa é uma das etapas mais importantes para a conclusão em oito anos, no máximo, do Programa Nuclear da Marinha. A finalidade principal do programa é desenvolver um submarino de propulsão nuclear, mas o comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, destacou que haverá benefícios em áreas civis.
Autor: Valor Econômico