No Brasil nove faculdades oferecem o curso de Engenharia de Minas. Cerca de cem geólogos são formados por ano, mas apenas 60% seguem a carreira. O número é insuficiente para atender o mercado de trabalho que vem crescendo, especialmente estimulado em 2007, quando o PIB alcançou 5,2%.
Para atender a demanda, quatro faculdades devem ser criadas até 2011, informa Vicente Lucena de Oliveira, presidente da Federação das Associações de Minas do Brasil (Faemi).
“O setor mineral serve de base para a grande maioria das atividades, com o PAC em andamento e o país atravessando um bom momento econômico, temos perspectivas de chamar a atenção do jovem em idade de vestibular, atraído por boas ofertas de trabalho”, diz Vicente. Para ele, as boas perspectivas são motivo de comemoração no próximo dia 10 de Julho, Dia do Engenheiro de Minas. “Vivemos um problema inédito com a falta de profissionais. O setor mineral está intrinsecamente ligado ao fornecimento de matéria-prima e serviço a construção civil, estas obras indiretamente atingem a nossa atividade”.
Os cerca de três mil engenheiros de minas registrados no Sistema Confea/Crea saíram das faculdades públicas de Campina Grande-PB (UFCG); Recife-PE (UFPE); Salvador-BA (UFBA); Belo Horizonte-MG (UFMG), Ouro Preto-MG (UFOP); São Paulo-SP (USP); Porto Alegre-RS (UFRS); MarabáPA (UFPA) e Conselheiro Lafayete-MG (UNIPAC), única particular.
Os recém formados encontram salários que giram em torno dos R$ 2.600,00. O salário médio é de R$ 5.000,00 e as empresas privadas de porte médio são as maiores empregadoras.
Vicente acredita que as oportunidades no mercado de trabalho aliadas a uma boa divulgação do curso podem ajudar a despertar interesse pela área. Ele defende a elaboração de um plano de ação a ser executado por entidades de classe junto às escolas de ensino médio para promover um maior conhecimento dos jovens sobre o setor mineral, o curso de engenharia de minas e o exercício da profissão.
Os estados do Norte, onde é grande o potencial mineral, concentra a maioria dos engenheiros de minas. Mas a ligação com a indústria da construção civil, a prestação de consultorias mineral e ambiental provoca uma concentração de profissionais nos centros urbanos o que resulta no desequilíbrio vivenciado no interior e em todas as regiões do país.
Em função da grande diversidade de bens minerais, suas formas e ocorrência na natureza, a profissão do engenheiro de minas envolve pesquisa, lavra e beneficiamento de minerais. Mas o profissional pode exercer atividades ligadas ao meio ambiente, à economia mineral e aos serviços diretos da construção civil como abertura de túneis, corte de estradas, estabilidade de taludes, escavações em rocha, demolição e implosão, por exemplo. A geofísica, a locação e perfuração de poços de pequenas e grandes profundidades e lavra de petróleo também são opções que oferecem boas perspectivas para o engenheiro de minas.
Campina Grande-PB (UFCG); Recife-PE (UFPE); Salvador-BA (UFBA) no Nordeste; Belo Horizonte-MG (UFMG), Ouro Preto-MG (UFOP), Conselheiro Lafayete-MG (UNIPAC) e São Paulo-SP (USP) no Sudeste; Porto Alegre-RS (UFRS) no Sul e MarabáPA (UFPA), no Norte, são as cidades que oferecem o curso.
Autor: Site Confea