Realizado no dia 24 de junho, a sétima mesa redonda recebeu o eng. Luis Alfredo Osório, diretor de Implementação da LLX Logística, grupo que pretende implantar o Porto Brasil na cidade de Peruíbe (SP) – a 60 km de Santos.
Para esse debate, o Instituto de Engenharia convidou Milton Xavier, diretor de Transportes da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo, e Fábio de Paula Costa, coordenador da Divisão Técnica de Infra-Estrutura Aeroportuária do Instituto de Engenharia.
O encontro, que foi mediado pelo diretor de Relações Externas, Francisco Christovam, foi aberto com o presidente do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza Amorim. Ele disse que o Porto Brasil é uma obra extremamente importante e que a mesa redonda é uma oportunidade para conhecer o projeto e seus desafios.
Inicialmente, Luis Alfredo Osório mostrou um vídeo institucional sobre o Porto Brasil e depois fez uma apresentação para detalhar o projeto, que está na fazer pré-conceitual.
Segundo ele, há dois desafios a serem superados. Um é ambiental, em que a empresa aguarda a emissão do termo de referência pelo Consema – Conselho Estadual do Meio Ambiente. No entanto, a audiência pública para a elaboração desse termo foi suspensa devido a algumas questões levantadas por uma ONG local.
O outro desafio está ligado à questão fundiária. “Existe uma demanda da Funai com relação à demarcação da área, onde se pretende implantar o porto, como sendo terra indígena. Isso está sendo tratado no campo jurídico. Em breve devemos ter um desfecho, uma posição formal com relação a essa demanda feita pela Funai,” explica.
No projeto, o Porto Brasil será constituído de três áreas. Uma estrutura marítima com 500 mil m², um retroporto com 6 milhões m² e uma zona industrial contígua com 13 milhões m². A ligação da ilha ao retroporto será feita por uma ponte de 3 km. O retroporto terá armazéns e áreas de estocagem, e a zona industrial abrigará diversas indústrias, como montadoras, indústrias de eletroeletrônicos, prestadoras de serviços logísticos, depósito de contêineres, centros de distribuição, de consolidação e de desconsolidação de cargas.
PORTO BRASIL EM NÚMEROS
Hub Port
O Porto Brasil receberá navios de grande porte, constituindo-se no principal Hub Port da América Latina. Como Hub Port, o Porto Brasil poderá redistribuir as cargas trazidas por grandes embarcações para os demais portos de menor calado do Brasil e da América Latina. Da mesma forma, o Porto Brasil consolidará as cargas dos demais portos que serão embarcadas nos navios de grande porte.
Capacidade
4 milhões de contêineres
15 milhões de toneladas de minério de ferro
20 milhões de toneladas de granéis agrícolas
4 milhões de toneladas de fertilizzantes
10 milhões de m³ de granéis líqüidos
Infra-estrutura
11 berços de atracação
18,5 m de calado com capacidade de receber navios capesizes e superconteineiros
Investimentos
R$ 6 bilhões pela LLX Logística e seus parceiros
R$ 20 bilhões empresas na zona industrial
Geração de empregos
30 mil diretos e indiretos na implantação
5 mil na operação
Autor: Fernanda Nagatomi