A Energias do Brasil estuda expandir em 70 megawatts (MW) a capacidade instalada da usina eólica Horizonte, em Santa Catarina, que hoje possui 4,8 MW de potência. “Só iniciaremos a expansão quando tivermos garantias de como venderemos a energia”, afirmou o diretor-presidente da companhia, António Pita de Abreu.
Hoje, a empresa anunciou a compra, por R$ 51 milhões, da Cenaeel. Além da usina Horizonte, a Cenaeel opera a usina Água Doce (SC), 9 MW.Hoje, os 4,8 MW de energia de Horizonte são comercializados em contrato com a Celesc. De acordo com o diretor executivo da Enernova, Hugo Seabra Souza, existe a possibilidade da energia proveniente da expansão da usina ser comercializada também com a concessionária catarinense. “Podemos retomar essa discussão com a Celesc”, disse o executivo.
A Enernova é a subsidiária da Energias do Brasil para os projetos de fontes alternativas.De acordo com Souza, a companhia está em processo de aquisição das terras ao redor do parque eólico Horizonte para viabilizar a expansão da usina.
A expectativa da Energias do Brasil é que esse processo deve ser definido dentro de dois meses. “O Plano B, caso a negociação com a Celesc não dar certo, é negociar essa energia em leilão”, acrescentou.Caso a expansão da usina eólica seja aprovada, o investimento no parque eólico pode chegar a R$ 280 milhões.
“No mercado internacional, o custo do MW instalado de energia eólica é da ordem de R$ 4 milhões”, disse o diretor vice-presidente de Comercialização e Novos Negócios da Energias do Brasil, Miguel Setas.Segundo Setas, a companhia prospecta outros empreendimentos eólicos pelo País.
De concreto, até o momento, é a parceria com a Cemig com vistas à implantação de projetos que soma 500 MW em Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, a empresa tem um compromisso com o governo capixaba para estudar novas usinas que somam 200 MW.Mas o executivo admitiu que a companhia prospecta oportunidades em outras regiões do País, citando interesse no Nordeste.
“O Ceará tem um potencial de 25 mil MW de energia eólica. Só o Nordeste possui 50% dos 140 mil MW de potencial eólico brasileiro”, reforçou o executivo.
Autor: Agência Estado