As secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae) e de Direito Econômico (SDE) recomendaram hoje ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aprovação, sem restrições, da compra da Esso Brasileira de Petróleo pela companhia brasileira de açúcar e álcool Cosan. A análise foi rápida, considerando que o negócio foi anunciado em 24 de abril e registrado nos órgãos de defesa da concorrência no início de maio. A data de julgamento pelo Cade, no entanto, não está marcada.
De acordo com o parecer das secretarias, disponível na página da Seae na internet, os técnicos da defesa da concorrência consideraram a operação relativamente simples e sem reflexo negativo à concorrência. Isso, porque, embora o grupo Cosan seja um produtor de álcool combustível (etanol) e a Esso atue no mercado de distribuição de combustíveis, inclusive etanol, a união das duas não representará risco à competição porque as participações das duas empresas, nos respectivos mercados, são baixas.
Ainda de acordo com o parecer das secretarias, o negócio entre Cosan e ExxonMobil International Holdings incluiu uma rede de mais de 1,5 mil postos de revenda de combustíveis, localizados em 20 Estados brasileiros, uma fábrica de lubrificantes no Rio de Janeiro, um depósito de lubrificantes em Duque de Caxias (RJ), instalações operacionais em sete aeroportos brasileiros e terminais de distribuição de combustíveis. À época da divulgação da operação, a Cosan anunciou que pagaria US$ 826 milhões pelos ativos da Esso no Brasil.
Autor: Agência Estado