Um relatório encomendado pelo Electric Power Research Institute (EPRI) e preparado por economistas do The Brattle Group e do Energy Ventures Analysis, avaliou a perspectiva da capacidade de geração de eletricidade dos maiores mercados de eletricidade e de combustível de todo o mundo, e concluiu que existe pouca uniformidade quanto às opções preferidas da nova geração de energia e quanto às razões para tais preferências.
Após analisar várias regiões do mundo, o estudo concluiu que, embora indicar frequentemente que os desenvolvedores de geração estejam à procura da mesma tecnologia de expansão em determinadas ocasiões, este não é o caso. As companhias de utilidades públicas e elaboradores de políticas de vários países chegaram a conclusões diferentes sobre os tipos de capacidade que serão preferidos nos próximos vinte anos, dependendo da fonte de combustível nativa, da intensidade da preocupação com o meio ambiente e do ritmo do desenvolvimento econômico deles.
Apesar de o relatório não fazer previsões, ele documenta e interpreta diversas previsões de várias agências governamentais para identificar os padrões e problemas que cercam os mercados regionais de eletricidade e de combustível para oferecer informações úteis para os desenvolvedores e planejadores em geral.
O relatório se concentrou principalmente na Europa Ocidental, China, Índia e EUA (que são ou serão brevemente os responsáveis por mais de dois terços do consumo global de eletricidade), além do Brasil e as ricas nações do Japão, Coréia do Sul e Taiwan na Ásia. Ele identificou e catalogou os grandes padrões de uso de combustível na geração de energia e dos condutores da expansão do setor de geração de energia. Uma avaliação por país mostrou que existem diversos fatores para as decisões globais quanto à nova geração de energia, incluindo:1. Economia regional. O fator econômico relativo do carvão vs. a geração ativada a gás não é uniforme em todos os países, devido a variação dos preços do carbono e do combustível, e também aos subsídios ou restrições tecnológicas.
2. Limitação das infra-estruturas. Muitos dos países em desenvolvimento analisados por este estudo (e até mesmo os EUA) estão potencialmente limitados pelas infra-estruturas de oferta de combustível e de transmissão. A Índia, em particular, pode não ser capaz de continuar com o seu rápido crescimento macro-econômico sem o crescimento ambicioso paralelo da infra-estrutura de energia, e vice-versa.
3. Políticas de dióxido de carbono. Os regulamentos do CO2 ainda não estão moldando grandemente as opções de tecnologia na maioria dos países analisados pelo estudo, exceto nos países europeus.
“Uma conclusão clara deste estudo é que alguns objetivos nacionais parecem ser quase inatingíveis e exigem uma pesquisa mais profunda para a compreensão das incertezas e dos fatores críticos para o sucesso destas regiões. Por exemplo, a aspiração da UE de alcançar altos níveis de renováveis e de se afastar da energia de carvão e nuclear pode não ser viável em muitos países”, observou Frank Graves, um co-autor do estudo e um dos dirigentes do The Brattle Group. | www.epri.com .
Autor: Portal Fator Brasil