A Codesp prevê que as novas regras para a atracação no Cais do Saboó deverão reduzir pela metade o tempo médio de espera dos navios destinados a essa região, que hoje é de oito horas. A Autoridade Portuária pretende divulgar os novos critérios para a ocupação dos três berços públicos do local até a próxima quinta-feira.
As mudanças no sistema de atracação foram determinadas pela juíza da 4ªVara Federal de Santos, Alessandra Nuyens Aguiar Aranha, em dezembro do ano passado. O caso foi levado à Justiça pela operadora portuária Deicmar, que julgou ter sido preterida pela Codesp nas regras vigentes. A empresa reclamou da falta de vagas para navios ro-ro (para veículos e cargas especiais) no ponto 1 — onde tradicionalmente operava.
Pelas regras atuais, a preferência no ponto 1 é para os navios da operadora Cutrale, seguidos das embarcações da Deicmar. No ponto 2, a prioridade é para conteineiros, assim como no terceiro berço, cuja preferência é para os cargueiros com mercadorias do terminal Rodrimar. O quarto berço do Saboó é de uso exclusivo do Tecondi.
Ontem, após uma reunião sobre o assunto com representantes das operadoras do Saboó, o presidente da Codesp, José Di Bella, revelou que a nova resolução está quase pronta e garantiu que sua publicação acontecerá até quinta. Para ele, todos os critérios serão alterados.
Di Bella afirmou que as mudanças serão baseadas em um modelo matemático que utilizou a frequência de navios no Saboó no ano passado. Dados citados por ele indicam que a espera para uma vaga no local é de oito horas. ‘‘Poderá cair para quatro horas. Por isso, a nova resolução terá uma gestão mais flexível’’, disse.
O presidente ainda comentou que a taxa de ocupação dos berços do Saboó é de 50%, ‘‘o que mostra que a questão da espera pode ser melhorada’’. ‘‘O Saboó não está estressado’’. Após a publicação das regras, a Codesp deverá fazer um monitoramento das novas regras por seis meses, destacou Di Bella.
O diretor da Deicmar, Gerson Foratto, elogiou a iniciativa da Codesp, mas preferiu se manifestar somente após a publicação das novas regras.
Autor: A Tribuna