A disputa em torno da hidrelétrica de Jirau, leiloada na semana passada, ainda está longe de terminar. Para o consórcio liderado por Odebrecht e Furnas, o estudo de impacto ambiental (EIA-Rima) das usinas no rio Madeira não tem validade diante das mudanças propostas pela multinacional franco-belga Suez Energy para a construção de Jirau e exige novas avaliações do Ibama.
O presidente do consórcio Madeira Energia, Irineu Meireles, vê risco de atraso nas obras de Santo Antônio devido ao projeto da Suez, que modificou em nove quilômetros a localização da segunda usina. A expectativa da empresa era obter a licença de instalação do Ibama em julho e iniciar as obras em agosto. Em última instância, pode haver até mesmo desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, que deverá ser assinado ainda nesta semana.
Diante da ameaça de “prejuízos incalculáveis”, Meireles cobra isonomia competitiva e reclama do descumprimento das regras do edital de licitação de Jirau.
Autor: Valor Econômico