A Petrobras se prepara para iniciar testes de produção no reservatório onde encontrou o campo de Tupi. A empresa tem à frente uma série de desafios tecnológicos e de engenharia.
Entre eles, escolher materiais e equipamentos para perfurar poços sem que espessa camada de sal desmorone. É preciso tomar decisões sobre equipamentos e tecnologias e negociar com fabricantes para enfrentar o desafio de produzir petróleo em nova fronteira.
A área técnica da Petrobras se esforça para trabalhar com fatos, apesar das inúmeras notícias sobre o tema. As únicas estimativas de reservas oficiais até agora são as de Tupi – entre cinco e oito bilhões de barris de petróleo.
Para as reservas restantes, as estimativas iniciais apontam de 70 a 100 bilhões de barris.
A estatal inicia em 2009 testes de longa duração no Tupi para conhecer melhor o pré-sal. Em 2010, deve começar a produção de 100 mil barris de petróleo/dia e 3,5 milhões de m3 de gás na área, por meio de um piloto com capacidade para 100 mil barris/dia. As encomendas estão em curso.
O gerente-executivo da área de exploração e produção da Petrobras para o pré-sal, José Formigli, diz que, antes de planejar vôos mais altos para o pré-sal, a Petrobras precisa conhecer com detalhes o tipo de rocha que abriga esse petróleo, decidir qual a melhor forma de perfurar os poços e tomar decisões sobre a logística das operações.
Isso envolve o transporte do petróleo e gás, que estão a 300 quilômetros da costa e 2. 200 metros de profundidade. A empresa decidiu escoar o gás de Tupi até Mexilhão por um gasoduto de 250 quilômetros no fundo do mar.
Autor: Valor Econômico