A Petrobras resolveu na Justiça o impasse que impedia a conclusão das obras para a instalação do gasoduto Campinas-Rio. A previsão é de que ele esteja operando em 40 dias. As obras estavam praticamente completas, mas faltava assentar um trecho de 600 metros do duto, que passa por uma propriedade particular na divisa dos Estados do Rio e São Paulo.
A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, afirmou que com a conclusão do gasoduto será possível “aliviar” os atuais sistemas de transporte que estavam sobrecarregados. “Em breve também poderemos disponibilizar mais gás para o sistema utilizando este meio”, disse Graça em entrevista durante evento de lançamento de navio da Wilson Sons, da qual foi madrinha.
O advogado Maurício Barcellos, proprietário de um terreno por onde passa o gasoduto, dificultou acordo para a desapropriação da área e recorreu por vezes à Justiça para impedir a passagem do duto por suas terras. Por conta de liminares obtidas por Barcellos, as obras estavam paradas desde agosto de 2005. Procurado pela reportagem, Barcellos não foi localizado.
Segundo a diretora da Petrobras, a Justiça fez valer o direito da empresa adquirido na desapropriação. “Não nos submetemos a qualquer acordo fora do âmbito jurídico”, garantiu. Orçado em torno dos US$ 300 milhões na época de seu lançamento, em 2004, o Campinas-Rio é um dos 183 projetos da Petrobras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O gasoduto foi desenhado para ter capacidade de transportar 8,7 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural num percurso de 800 quilômetros.
Autor: Agência Estado – Kelly Lima