Quando decidiu abrir 200 vagas para ampliar seu centro de engenharia no Paraná, em São José dos Pinhais, com o objetivo de cobrir toda a região da América Latina, em meados de 2007, a montadora francesa Renault recebeu prontamente mais de 10 mil currículos. O sucesso na rápida resposta dos candidatos, porém, não significou que o recrutamento tivesse sido concluído satisfatoriamente. Apenas 60 engenheiros passaram pelo crivo de seu processo seletivo.
Encontrar o perfil ideal foi tão difícil que a companhia continua este ano a sua “caça aos talentos” da engenharia. A intenção é preencher 140 vagas restantes até no máximo, 2009.
A busca por engenheiros qualificados está sendo feita em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Salvador, onde atuam outras montadoras. A procura engloba desde analistas juniores até supervisores. As vagas são para engenheiros da área mecânica e mecatrônica.
Além de alguma vivência na área automotiva, a Renault quer profissionais com fluência em inglês ou francês.
Para driblar a dificuldade em encontrar engenheiros experientes, a Renault decidiu ampliar sua busca por jovens talentos. “Vamos treiná-los na nossa sede na França”, diz Marc Barral, diretor-adjunto de Engenharia Américas da Renault.
A empresa tem 4,5 mil funcionários no Brasil, sendo 500 engenheiros. Na América Latina, ela emprega 600 profissionais na área de engenharia. O volume de vendas da companhia no país em 2007 foi de 109.206 veículos.
Autor: Valor Econômico – Stela Campos